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Publicado: 15.04.2016

A ESCS MAGAZINE celebrou o quarto aniversário e, para assinalar a ocasião, presenteou a comunidade escsiana com um dia de palestras e workshops.

No passado dia 12 de abril, a ESCS foi palco de mais um evento organizado por um dos núcleos da Escola. À semelhança do ano passado, a ESCS MAGAZINE comemorou mais um aniversário com um dia recheado de palestras e workshops dedicados às diversas áreas do jornalismo.

Palestras

Da parte da manhã, as palestras tiveram lugar no Auditório Vítor Macieira. O Prof. Doutor André Sendin deu início ao evento, dando os parabéns à ESCS MAGAZINE pelos quatro anos de atividade e aprendizagem. O Vice-Presidente da Escola salientou o importante papel dos núcleos na dinâmica escsiana e na ajuda à criação de talentos, que têm permitido uma afirmação da ESCS nas várias vertentes da Comunicação.

Joana Ochôa, Diretora-Geral da ESCS MAGAZINE, complementou o discurso anterior, afirmando que o evento mostra “o porquê de sermos aquilo que todos procuram”, em jeito de alusão ao slogan da revista: “somos aquilo que procuras”.

O Prof. Doutor André Sendin, Vice-Presidente da ESCS, e Joana Ochôa, Diretora-Geral da ESCS Magazine, na abertura do evento.

A primeira palestra do dia, “Jornalismo 3.0 – Jornalismo de referência na era da convergência digital – o caso Expresso”, teve como oradoras Mariana Lima Cunha (licenciada em Jornalismo pela ESCS, jornalista no jornal Expresso online e diário e membro fundador do Panorama) e Iryna Shev (jornalista responsável pelo Snapchat do Expresso).

A ex-aluna da Escola destacou a necessidade de se saber lidar com a pressão numa redação, que implica ter a versatilidade para abordar todos os temas. Mariana falou, também, da adaptação a que o Expresso teve de se submeter com a chegada do online, que originou um maior ritmo de trabalho, para além da produção de conteúdos multimédia, como vídeos ou infografias.

Iryna Shev explicou à plateia que, no jornalismo, a mudança assenta na forma como os conteúdos são apresentados, mas que, ainda assim, as bases são as mesmas. A jovem esclareceu que o Snapchat foi a forma que o Expresso encontrou para alcançar o público mais jovem que, regra geral, não segue o jornal. Esta rede social é editorialmente independente, uma vez que o conteúdo difundido é, diariamente, selecionado por Iryna.

As oradoras da primeira palestra: Iryna Shev e Mariana Lima Cunha.

Depois desta palestra, o coffe break do evento contou com uma atuação musical. Thais Sousa, aluna do 2.º ano do curso de licenciatura em Publicidade e Marketing, fez-se acompanhar pelo irmão, na guitarra, e encantou, com algumas músicas, quem se dirigiu ao foyer do piso -1.

Pedro Figueiredo, humorista e guionista de programas de humor, conduziu a segunda palestra do evento, discursando sobre o que é considerado “Politicamente Correto”. Pedro explicou que não concorda com o termo, pois, no humor, “vale tudo, dependendo do ângulo que se dá ao tema”. Para o humorista, as redes sociais alteraram o processo criativo, visto que, quando partilha uma piada, esta entra “em diálogo com toda a sociadade”. Se, por um lado, existe a pressão da parte dos patrocinadores, diretores de canais e anunciantes, por outro, “nas redes sociais, não há pressões”, pois “na internet, os humoristas não têm que prestar contas a ninguém”.

Pedro Figueiredo é humorista e guionista de programas de humor.

A última palestra do dia, “Jornalismo Cultural”, esteve a cargo de Pedro Dias de Almeida, editor da secção de Cultura da revista Visão, e foi moderada por Rúben Martins, aluno do 3.º ano do curso de licenciatura em Jornalismo. Apesar de defender que “a cultura [nos] aproxima do mundo”, o jornalista confessou que o jornalismo cultural “perdeu algum espaço”, com a democratização do online e das redes sociais, e que a crítica está “quase em vias de desaparecer”. Dias de Almeida explicou que, hoje em dia, há uma dispersão de oráculos pois qualquer indivíduo com um blogue pode ser um crítico. Essa dispersão poderá não ser benéfica devido ao excesso e ao ruído de informação.

Pedro Dias de Almeida, editor da secção de Cultura da revista Visão, e Rúben Martins, aluno da ESCS.

Workshops

A segunda parte da iniciativa começou com dois workshops distintos: “Fotojornalismo”, conduzido pelo fotojornalista Mário Cruz, vencedor da categoria "Temas Contemporâneos" do concurso World Press Photo de 2016; e “Como fazer um currículo criativo”, por Susana Antão, designer. O terceiro workshop, “As barreiras à criação do teu projeto”, foi moderado por representantes de três projetos escsianos: a Bright Lisbon Agency, a júnior empresa da ESCS (representada por André Albuquerque), o Panorama, um site dedicado à política (nas pessoas de Miguel Dias e Marina Lima Cunha), e o Bola na Rede, um portal de opinião desportiva (representado por Mário Cagica). Teresa Abecasis, ex-aluna da ESCS e jornalista na TSF, e Joana Bougard, jornalista na R/com, debateram o “Jornalismo Multimédia”, antes de Filipa Costa, ex-aluna do curso de licenciatura em Audiovisual e Multimédia, terminar a tarde de partilha de conhecimentos com o workshop de “Fotomontagem”.

No final do dia, a ESCS MAGAZINE teve direito a bolo de aniversário, repartido por todos os que se quiseram juntar à equipa da revista para lhe cantarem os parabéns.