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Publicado: 22.06.2018

 

PERFIL PM: Maria Inês Coimbra

 

Maria Inês Coimbra é licenciada em Publicidade e Marketing e, atualmente, constrói a sua carreira na Accenture Digital.

O interesse começou pela área da Comunicação em geral. Por isso, durante a licenciatura em Publicidade e Marketing (PM), Maria Inês Coimbra procurou explorar outras valências nas atividades extracurriculares. “Tento sair um bocadinho da caixa, sempre que possível” e “quero que o meu trabalho tenha um bom impacto no mundo”, garante. Hoje em dia, a escsiana faz parte da equipa da empresa de consultoria Accenture Digital.

O gosto pela Comunicação

Maria Inês ingressou na licenciatura em Publicidade e Marketing, em 2014. Porém, foi a curiosidade pela vertente do Jornalismo que a levou a visitar o stand da Escola, na Futurália, quando estava a terminar o Ensino Secundário. Ali, percebeu que deveria enveredar por outra área da Comunicação.

Como, no 12.º ano, após o desenvolvimento de um trabalho, ficou com "o bichinho” da publicidade, marcou uma visita guiada à ESCS com alguns amigos. “Eles foram todos para Jornalismo, menos eu. Foi um feeling, acho que não me via tão completa em mais lado nenhum”, conta, acabando por optar por PM.

Alargar horizontes

Nas atividades extracurriculares da Escola, Inês conseguiu não só pôr em prática os conhecimentos que ia adquirindo no curso, como, também, explorar outras áreas.

A ex-aluna começou por integrar a equipa do nAV, onde esteve durante dois anos. “Era só mesmo por gosto. [Houve] algo que me fez mandar de cabeça para uma coisa que não conhecia e que queria aprender”, lembra. No núcleo de audiovisual, a escsiana explorou a vertente de vídeo, cobrindo workshops e algumas atividades que decorreram na Escola. “Foi bom para me abstrair do curso em si e acabou por ser útil na disciplina de Laboratório de Produção Multimédia, na qual tínhamos mesmo de gravar um anúncio”, explica.

Na ESCS FM, fez gestão de social media e “todos os dias, tinha de criar alguma coisa, para redes diferentes”. A escsiana explica que, na comunicação para redes sociais, o copy tem de ser adaptado a cada plataforma, o que a ajudou a ser “mais organizada e versátil”.

A escsiana teve, também, a oportunidade de integrar a equipa fundadora da Bright Lisbon Agency (BLA), enquanto estava no segundo ano do curso. “[O André de Albuquerque e a Ana Carolina Baptista, fundadores da BLA,] juntaram, desde o início, um conjunto de pessoas focadas para fazer crescer um pequeno bebé”, acredita. Maria Inês lembra o primeiro desafio da equipa: planear o evento de lançamento. “Foi um pouco complexo, porque tínhamos de apresentar, antes de mais, o que era uma júnior empresa, que é algo que pouca gente sabe o que é. [E] gerar um buzz incrível, para encher a sala, como fizemos”, recorda. No ano seguinte, foi convidada para ser Vice-Presidente da BLA. “Criaram uma confiança em mim que, às vezes, nem nós a temos ao longo do curso e é muito bom quando alguém o faz”, garante.

Maria Inês defende que, em todos os núcleos, os estudantes podem “aprender muito” e conferir um “valor acrescentado” à sua licenciatura. Para tal, contribuem fatores como o “conhecimento prático” e a aprendizagem de matérias de outros cursos, ao trabalhar com alunos com diferentes conhecimentos, algo essencial “para o mercado de trabalho”. “Para além de dar currículo, é muito importante chegar a uma empresa grande e perceberem que não tenho medo de arriscar e de aprender coisas novas”, defende.

Projeção para o mercado de trabalho

Durante a licenciatura, a escsiana desenvolveu, em grupo, uma campanha institucional, que foi escolhida para fazer parte da comunicação da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima).  Inicialmente, a campanha era apenas dirigida a vítimas de bullying, porém, devido à qualidade do trabalho, a APAV optou por usá-la para vítimas de qualquer crime de violência.

Maria Inês destaca a vontade de os docentes João Barros e Nuno Melo da Silva darem, aos seus alunos, trabalhos de clientes reais, para que estes pudessem ter “outra responsabilidade [e criar] uma ligação com o mercado de trabalho”. A ex-aluna destaca que o facto de, no final, o Prof. Nuno Melo da Silva (membro do júri) referir que a campanha “estava ao nível de agência”, foi uma “das melhores coisas” deste trabalho. “Alguém que trabalha mesmo no meio e é super ocupado, tirar 2 segundos do seu tempo para dizer isto, em frente a um cliente, não só nos preenche, como nos dá mais autoconfiança”, explica.

O E2 fez uma peça sobre a campanha institucional desenvolvida pelo grupo de Maria Inês, para a rubrica Making Of.

Percurso no copywriting

Após terminar a licenciatura, Maria Inês começou o seu percurso profissional na Lisbon Duck Store, uma loja que vende apenas patos de borracha relacionados com diversas temáticas. Aqui, para além de fazer atendimento ao cliente, geria, também, as redes sociais, tendo a seu cargo todas as tarefas, desde a ideia à estratégia, passando pela imagem, tratamento e copy. “Como era só um produto, era engraçado ver como é que podíamos vender, nas redes sociais, um pato de vários temas. Tinha muito sumo para tirar daí e fazer um bom conteúdo”, refere, divertida.

Em janeiro deste ano, surgiu a oportunidade de integrar a equipa da Accenture Digital, como Digital Business Integration Analyst. Na empresa de consultoria, já trabalhou em várias vertentes, “algumas para as quais não estava preparada”, como, por exemplo, na construção de um site. Atualmente, faz, maioritariamente, trabalho de copywriter.

A escsiana explica que colaborar numa “grande empresa” dá “alguma liberdade” para escolher o que quer fazer. Inês destaca, ainda, a ajuda e orientação do colega Rafael Canário, também ele escsiano, licenciado em PM. “É ótimo ter alguém mais experiente a picar-me e a dizer-me que posso ir mais longe”, defende.

E o futuro?

Maria Inês confessa que ainda tem “alguma curiosidade” pela vertente de publicidade, área que ainda não conseguiu explorar profissionalmente. Por isso, o seu futuro poderá, eventualmente, passar por aí. “Se tivesse uma experiência internacional, melhor ainda”, considera.

No entanto, apesar deste ‘bichinho’, a escsiana confessa que ambiciona, aos 40 anos, abrir uma Dog Day Care. “O meu gosto por cães não vai esmorecer e eu vou ter de fazer alguma coisa com isso na minha vida”, esclarece, com humor.

Navegar na ESCS

A ex-aluna defende que “a parte prática da ESCS é muito importante, porque contribui para começarmos logo a pôr a mão na massa e a lidar com os conflitos de ideias, nos trabalhos de grupo”, fatores que considera de relevo para a vida pessoal e profissional. Segundo a escsiana, a dinâmica de ter o curso aliado a atividades extracurriculares permite que os estudantes tenham liberdade para desenvolver projetos pessoais, criar contactos e começar a definir aquilo que querem fazer no futuro. “É uma fase que vamos todos lembrar com saudade”, defende.

Olhando para trás, Maria Inês lembra a ESCS como “uma verdadeira casa”, onde pôde aprender com colegas de diferentes backgrounds, professores e funcionários não-docentes. “Mais do que um grande edifício, é aquele barquinho onde podemos navegar para onde nós quisermos e estamos bem acompanhados”, conclui.

Por fim, desafiámos Maria Inês Coimbra a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

Telemóvel.

Uma cidade ou um país.

Austrália.

Uma música ou uma banda.

São duas bandas, não dá para escolher: Pearl Jam e Arcade Fire.

Um filme ou um realizador.

E.T., de Steven Spielberg.

Uma série.

The Office.

Um programa de televisão.

5 Para a Meia Noite.

Uma rede social.

Twitter.

Uma referência profissional.

Rafael Canário (colega de Maria Inês na Accenture e ex-aluno de PM).

Quando for grande, quero ser...

Dona de uma Dog Day Care.


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