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Publicado: 14.09.2018

 

PERFIL AM: Catarina Peixoto

 

Catarina Peixoto é licenciada em Audiovisual e Multimédia e constrói o seu caminho profissional nas áreas de captação e edição de vídeo.

Dinâmica e proativa por natureza, Catarina Peixoto acredita que tem “construído a [sua] sorte” no que diz respeito ao percurso profissional. Aproveitou a licenciatura e as atividades da ESCS para criar o currículo e o portefólio que lhe valeram a entrada no mercado de trabalho. Até ao momento, já passou pelo grupo Cofina, teve uma experiência internacional no Médio Oriente e dá, atualmente, “imagem à rádio” na Antena 3.

Sair da zona de conforto

Catarina vivia em Lousada e, no Ensino Secundário, foi para o Porto, para estudar Ciências e Tecnologias. Durante este período, “aproveitava todas as disciplinas [artísticas] para fazer uns vídeos”, por isso, na altura de se candidatar ao Ensino Superior, soube que queria enveredar pela área do audiovisual.

“Como tinha gostado da mudança para a cidade, do ir sozinha e entrar num ambiente estranho, achei que ia gostar de sair da zona de conforto outra vez e decidi mudar-me para Lisboa”, conta. Aquando a sua pesquisa, a ESCS “foi uma das primeiras escolas” que encontrou e não teve “grandes dúvidas”. Candidatou-se e entrou na primeira opção, em Audiovisual e Multimédia, em 2010.

Academia RTP

Ainda durante o curso, Catarina regressou à sua cidade natal para participar na segunda edição da Academia RTP, em 2012. A antiga estudante explica que foi passar um fim-de-semana ao Porto e que o pai lhe falou de um anúncio que tinha visto, que parecia encaixar-se na sua área de interesse. “Na altura, fui pesquisar, achei interessante e pensei que só havia uma pessoa com quem podia ir”: o colega de turma Miguel Pimenta.

Durante nove meses, os escsianos desenvolveram a campanha de sensibilização Acreditamos na Mudança, um trabalho em que ambos acreditavam muito. “[Fomos] um pouco a mudança no ambiente da Academia, porque levávamos o projeto mesmo a sério e contaminávamos toda a gente”, conta, Catarina, divertida.

“Trabalhar com profissionais, num ambiente incrível, com desafios diários, da pré-produção à pós-produção, em que fazemos tudo, desde castings a gestão de orçamentos”, foram alguns dos fatores que contribuíram para que a experiência se tornasse numa “pequena rampa de lançamento para o terreno”.

Aprender nas atividades extracurriculares

Enquanto esteve na Escola, a escsiana aproveitou as atividades extracurriculares para aplicar o conhecimento que adquiria nas aulas, “aprendendo muito mais para além disso”, ganhar experiência e construir portefólio.

A escstunis foi a atividade extracurricular em que participou “mais intensamente”. Catarina tocou guitarra e bandolim (instrumento que teve de aprender a tocar) e fez parte da Direção Musical. A antiga estudante explica que a tuna da ESCS a ajudou a não se sentir sozinha. “Comecei a construir uma casa aqui, juntamente com as pessoas que já faziam parte disto e que me integraram lindamente”, reflete. Para além dos colegas, a escsiana destaca, ainda, que a participação na tuna dá “uma preparação incrível para o mercado de trabalho”, na medida em que “desafia as pessoas e dá-lhes capacidades para explorar, aprender e evoluir”.

Na ESCS FM, colaborou na comunicação ao nível do design. Em conjunto com o então colega Dylan Morais, desenvolveu aquele que é, atualmente, o logótipo da rádio da Escola.

Já no E2, fez, pontualmente, captação de imagem na rubrica “Fá-los curtos”, em parceria com Miguel Pimenta.

Percurso no audiovisual

Após terminar a licenciatura, Catarina esteve um mês de férias, “que nem sabia se queria, porque estava motivada para começar a trabalhar”, quando surgiu a oportunidade de fazer um estágio profissional na Cofina, sendo convidada, no final do mesmo, para assinar contrato.

A escsiana explica que a empresa é “um mundo de profissionais que se formaram na ESCS”, o que contribuiu para a sua integração. Por outro lado, o facto de poder colaborar com as diferentes publicações do grupo (Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Máxima, Record, Sábado e Vogue Portugal), permitiu que trabalhasse “diferentes linguagens do audiovisual”, como conteúdos de informação, conferências e fashion movies, o que contribuiu para a sua aprendizagem e crescimento profissional. “Estou muito grata por essa experiência. Foram três anos da minha vida de que eu gostei muito”, reflete.

Em outubro de 2017, mudou-se para os Emirados Árabes Unidos, durante oito meses, para trabalhar na Abu Dhabi Media. No grupo de media do governo de Abu Dhabi, Catarina realizou reportagens, um tipo de trabalho ao qual já estava habituada, e foi inserida em equipas de multicâmara, o que lhe permitiu “fazer coisas que nunca imaginaria fazer, como [filmar] corridas de camelos ou de falcões, no meio do deserto”.

Contudo, no Médio Oriente, onde o género feminino é visto de forma desigual em relação ao masculino, a escsiana teve de provar que conseguia fazer o mesmo trabalho que os seus colegas. “Houve um processo inicial de ter de lhes explicar que nós [mulheres] fazíamos a mesma coisa. Do tipo dá-me a possibilidade de fazer e eu mostro-te, dá-me uma câmara e eu ponho-a ao ombro. E foi gira essa conquista, ao longo do tempo”, lembra. No rescaldo da experiência, a antiga estudante sente-se satisfeita por ter conseguido “mudar umas quantas mentes”.

Filmar na Rádio

Duas semanas antes de Catarina regressar a Portugal, surgiu uma nova proposta para integrar a equipa da Antena 3, onde trabalha desde o início de agosto. A jovem já tinha passado por vários setores da televisão, da informação ao desporto, passando pela produção, e, agora, dá “imagem à rádio”, através da captação e edição de vídeo. “Gosto de editar o que faço, de ser eu a fazer tudo e, aqui, tenho essa possibilidade”, confessa.

Um dos vídeos que Catarina Peixoto realizou para a Antena 3.

Diariamente, Catarina capta vídeos de bandas que vão tocar ao estúdio, entrevistas, concertos e festivais. “As coisas vão surgindo”, explica a antiga estudante que, hoje em dia, alia o seu trabalho a outra vertente que adora: a música.

A Casa ESCS

“Entrar aqui é como entrar em casa. E a ESCS é isso, também, no mercado de trabalho”, garante a escsiana, referindo que, por onde tem passado, encontra sempre alguém que tenha andado na Escola ou com boas referências. Catarina destaca, ainda, a qualidade das instalações e a mais-valia de ser uma instituição “pequena”, que propicia a interação entre estudantes de todos os cursos e a relação de proximidade com os docentes. “É bom sentir, mais uma vez, que tive sorte e que vim para o sítio certo”, conclui.

Por fim, desafiámos Catarina Peixoto a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

A trela do meu cão e sacos para o cocó.

Uma cidade ou um país.

Portugal.

Uma música ou uma banda.

Ludovico Einaudi.

Um livro ou um escritor.

Fernando Pessoa.

Uma série.

Uma série delas.

Um programa de televisão.

Desde que comecei a trabalhar em informação, vejo muitas notícias.

Captação ou edição.

Captação.

Um conteúdo que tenhas desenvolvido.

Na Cofina, alguns conteúdos desenvolvidos para a Vogue, Máxima e GQ, que me permitiram explorar a edição e arriscar.

Quando for grande, quero ser.

Se, quando já for velhota, tiver uma herdade no Alentejo, onde esteja rodeada de cães, significa que tudo correu bem.


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