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Publicado: 02.10.2019

Os resultados do Projeto de Investigação Living Lab on Media Content and Platforms foram apresentados na conferência internacional Challenges in Digital Research.

No passado dia 13 de setembro, a ESCS acolheu a conferência Challenges in Digital Research – LLMCP LisPan Final Conference, que deu por terminada a primeira fase do Projeto de Investigação Living Lab on Media Content and Platforms, financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia). No evento, foram apresentados os resultados do trabalho desenvolvido, sob a coordenação do Prof. Doutor Filipe Montargil. Durante doze meses, a equipa estudou o comportamento online dos estudantes do Ensino Superior, em Lisboa, e, para tal, utilizou, como amostra, um painel de alunos da ESCS. A conferência contou, ainda, com o contributo de diversos oradores convidados internacionais, que se debruçaram sobre as questões e os desafios do online.

Resultados da investigação

Como explica Filipe Montargil, as conclusões da investigação dão conta de uma “tendência de overreporting”, na medida em que, quando questionados, através de inquérito, 75% dos participantes do estudo indicaram uma frequência no uso da internet superior àquela que “corresponde efetivamente ao seu comportamento”. Os dados recolhidos revelam, ainda, “uma utilização predominantemente centrada no período da tarde e da noite”, sendo que existe “uma descida relevante e consistente” na atividade dos internautas durante o fim-de-semana e, em parte, à sexta-feira. Por seu lado, os períodos letivos parecem não afetar, “de forma relevante, a distribuição da intensidade de utilização, entre semana e fim-de-semana”. Segundo o docente, estes resultados “apontam para a possibilidade de existirem formas complexas de interpenetração entre a utilização pessoal e a utilização escolar da Internet, nos alunos do Ensino Superior”.

No rescaldo da conferência, o coordenador do projeto defende que a investigação realizada “cumpriu os objetivos estabelecidos pela equipa”, sendo que “ainda há muito por fazer”. “Conforme as tecnologias são desenvolvidas, também precisamos de aperfeiçoar os métodos de extração, tratamento e visualização de dados. Esta é a lógica por detrás da compreensão dos hábitos online e da análise da forma como as sociedades são estruturadas”, conclui.

Para obter mais informações sobre o estudo, consulte as apresentações da metodologia e dos resultados (disponíveis no Repositório Científico do IPL), as quais foram divulgadas na conferência.

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