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Publicado: 02.03.2018

David Phillips conduziu a conferência The Future Is Now: How Technology Is Changing Public Relations.

No passado dia 28 de fevereiro, a sala 2P9 foi pequena para acolher todos os estudantes que quiseram assistir à conferência The Future Is Now: How Technology Is Changing Public Relations. Durante uma hora, David Phillips, conceituado especialista internacional na área das Relações Públicas Online, falou sobre como a evolução tecnológica tem influenciado o trabalho dos profissionais da área.

O evento foi organizado pela secção de Relações Públicas de Comunicação Organizacional e pelas coordenações da licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial e do mestrado em Gestão Estratégica das Relações Públicas.

No início da sessão, a Prof.ª Doutora Mafalda Eiró-Gomes deu as boas-vindas aos alunos, na sua grande maioria de Relações Públicas, salientando a relevância de Phillips continuar a colaborar com a Escola, com a qual tem uma “relação de cerca de 20 anos”, mesmo após se ter aposentado. O especialista tem sido convidado, ao longo dos anos, para lecionar algumas aulas. Em 2014, conduziu o seminário New Challenges on Online Communication Strategies.

A conferência foi transmitida em streaming no Facebook.

A revolução da internet

David Phillips deu início à sua intervenção, explicando o papel da inteligência artificial e a forma como esta incide nas Relações Públicas. Como exemplos, utilizou a bitcoin, moeda digital que pode “ser comprada em Lisboa e trocada por todo o tipo de coisas em qualquer parte do mundo” e o smartphone, definindo o gadget como “a inteligência artificial que carregamos no bolso”, devido a funcionalidades como a contagem de número de passos ou o reconhecimento da cara do seu utilizador.

A internet, que chega até nós das mais variadas formas, constitui, assim, uma “mudança marcante” na forma como comunicamos. É, por isso, “um agente difusor de informação”, que contribui para uma maior transparência por parte das pessoas e organizações. O orador explicou que esta  “rede multiplataforma” (multi platform network system) está presente não só em smartphones e computadores mas, também, em sistemas do quotidiano, como, por exemplo, no aquecimento de uma sala. O profissional dividiu as “tecnologias transformativas” da rede em cinco pontos: inteligência artificial; automação, em que o computador substitui o trabalho humano; big data, referindo-se à quantidade de informação pessoal que se encontra, facilmente, online, nomeadamente nas redes sociais; blockchain, uma tecnologia que garante a segurança da informação; e as realidades aumentada e inventada, que mudaram a forma das pessoas comunicarem.

Estas tecnologias trouxeram mudanças radicais a um conjunto de sistemas que vão desde os social media às aplicações móveis, passando por serviços de apoio gratuitos, sendo que “tudo isto aconteceu desde que os estudantes [que estavam na sala] saíram da escola primária”, ou seja, a uma velocidade significativa.

O especialista defendeu que os interesses das pessoas são baseados nos seus valores e na cultura em que se inserem, sendo esta conduzida por atitudes, opiniões e emoções. Neste sentido, é possível “criar imagens desses grupos culturais”, algo que o orador considerou “mais poderoso do que a segmentação [do mercado], porque percebemos o que é que nos guia enquanto populações e como construímos relações”.

David concluiu, assim, que os atuais estudantes de Relações Públicas “estão no meio de uma revolução”, na qual novas teorias estão ainda a ser estabelecidas e das quais eles farão parte do processo.