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Publicado: 03.02.2017

A Prof.ª Filipa Subtil é coorganizadora do livro “A Crise do Jornalismo em Portugal”.

Filipa Subtil, docente da disciplina de Sociologia da Comunicação, na ESCS, é coorganizadora do livro “A Crise do Jornalismo em Portugal”. A obra, editada pela Deriva Editores, integra a coleção de livros da Cooperativa Outro Modo, responsável pela publicação da versão portuguesa do jornal Le Monde Diplomatique.

A obra, composta por catorze textos escritos por jornalistas, académicos e investigadores, visa contribuir para um “debate aberto e informado” sobre o cenário da crise do jornalismo em Portugal, lê-se na sinopse.

O livro pode ser adquirido juntamente com a edição de janeiro do Le Monde Diplomatique ou efetuando encomenda.

Para além de coorganizadora, a Prof.ª Filipa Subtil é, também, coautora de um dos catorze textos publicados no livro.

O contributo da docente

A Prof.ª Filipa Subtil coorganizou o livro em parceria com José Nuno Matos (ICS-UL) e Carla Baptista (FCSH-UNL). Numa primeira fase, coube à equipa selecionar um conjunto de textos publicados, ao longo dos últimos dez anos, no Le Monde Diplomatique. Mais tarde, convidaram alguns académicos e investigadores para complementarem as abordagens dos jornalistas. Para além disso, a docente da ESCS escreveu, em conjunto com Maria João Silveirinha (FLUC), o texto “Caminhos da feminização da profissão de jornalista em Portugal: da chegada em massa à desprofissionalização”.

Para a docente, o envolvimento dos professores em projetos de investigação é uma mais-valia para a Escola. A Prof.ª Filipa Subtil sublinha o “equilíbrio” existente entre as disciplinas de cariz prático e as de enquadramento e reflexão, as quais são lecionadas por “pessoas que têm currículos dignos de nota”.

Uma esperança para os alunos

A docente acredita que o livro traça “um panorama muito atual da situação em que o jornalismo se encontra”, com o qual os alunos se irão deparar. Para a Prof.ª Filipa Subtil, “estamos a falar de um jornalismo que está, hoje, refém daquilo que se designa como modelo de negócio”. A coorganizadora explica que os autores do livro não acreditam que o jornalismo se possa definir dessa forma. “O jornalismo deve definir-se como uma atividade de troca de informação, que é publicamente relevante para uma sociedade democrática e para a nossa vida cívica”, afirma, levantando o véu para uma luz ao fundo do túnel. A docente pretende, assim, que o livro faça os alunos “pensar sobre esta realidade”, mostrando-lhes que há outras formas de fazer jornalismo, dando como exemplos o serviço público “a sério”, as cooperativas ou os projetos online.

O livro será publicamente lançado no dia 23 de fevereiro, na Casa da Imprensa.