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Publicado: 23.06.2017

Os estudantes de Relações Públicas viajaram até à Índia para mais uma edição do GlobCom, no qual duas alunas da ESCS venceram pelo segundo ano consecutivo.

Todos os anos, dezenas de estudantes de Relações Públicas trabalham em conjunto na elaboração de uma proposta de comunicação, com o objetivo de vencer o GlobCom. Em 2017, a cidade de Bangalore, na Índia, foi a anfitriã do evento, que contou com a participação de alunos de 16 países de todo o mundo. Nesta edição, Pedro Rondão fez parte da equipa vencedora, em conjunto com as bi-campeãs Inês Castelo e Tânia Amaral. Em 15 anos de simpósio, é a primeira vez que duas estudantes vencem em dois anos consecutivos.

Briefing

Ao longo do 2.º semestre do ano letivo 16-17, o repto foi lançado aos alunos de 2.º ano de Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE), na disciplina de Laboratório de Comunicação em Ambientes Digitais. Em 2017, os docentes abriram também a possibilidade de participação a alunos do 3.º ano que demonstraram vontade em repetir a experiência. Ao todo, 21 escsianos colaboraram em equipas virtuais na criação de uma estratégia de RP, com vista à resolução de um problema. O briefing foi da responsabilidade da empresa ZEISS, que desafiou as equipas a criar um conceito criativo para a chamada “crise de visão”, um problema generalizado nos países em desenvolvimento, que passa despercebido à população industrializada. A deficiência visual, quando não é tratada, torna-se num obstáculo à educação, sendo que o maior entrave à resolução deste problema reside na falta de conhecimento e não na falta de ajuda. Os estudantes tiveram, assim, de desenhar uma estratégia que permitisse à ZEISS alcançar as pessoas residentes nas regiões rurais da Índia, com a ajuda de um plano de comunicação global.

De 4 a 8 de junho, 15 dos 21 alunos de RPCE viajaram até Bangalore, acompanhados pelo Prof. Doutor Nuno da Silva Jorge, para, pela primeira vez, na Commits - Convergence Institute of Media, se reunirem com a restante equipa e ultimarem as apresentações. Para uma melhor preparação, os estudantes tiveram sessões de mentoria no local. Os pitchs foram, depois, apresentados a um júri internacional.

Barreiras ultrapassadas

Como explica o Prof. Doutor Nuno da Silva Jorge, o GlobCom é um “fator diferenciador” para o curso de RPCE, no qual os alunos têm a possibilidade de responder a um desafio lançado por um cliente real. Ao trabalharem em equipas internacionais, o projeto constitui “uma prova de superação de diferenças culturais e de crescimento contínuo” e permite que os estudantes adquiram “competências fundamentais para o seu futuro enquanto líderes em comunicação estratégica”.

Inês Castelo refere que os alunos devem de estar “devidamente preparados” para a adaptação cultural necessária e que o nível da aprendizagem dos elementos do grupo “é um desafio ainda maior”, sendo que "a opção que resultou melhor foi dedicar algum tempo para discutir, em equipa, conceitos e metodologias antes de partir para a execução das tarefas". Tânia Amaral completa o testemunho da colega, mencionando que o projeto “implica uma grande capacidade de compreensão, gestão de tempo, capacidade de liderança e de trabalho em equipa”. No entanto, apesar de todas as barreiras que têm de ser ultrapassadas, a criação de “vastas redes de networking” e o contacto com novas realidades, ferramentas de trabalho e formas de comunicar permite que os alunos cresçam enquanto profissionais. Pedro Rondão corrobora a visão das colegas, referindo que o resultado final “é o espelho de um semestre de trabalho contínuo”. O aluno acrescenta os diferentes níveis de domínio da língua inglesa e, ainda, “um conjunto de termos e informação perdida em traduções constantes” às barreiras anteriormente mencionadas, confessando que a experiência do ano passado permitiu que os escsianos previssem “a diferentes fases do trabalho e as necessidades da equipa para cada momento do projeto”, o que contribuiu para um melhor desempenho.

Enriquecimento pessoal e profissional

Para além de ser o segundo simpósio em que os três vencedores participam, o evento deste ano coincidiu com o seu ano de finalistas. Inês confessa que este feito “tem um sabor especial” e que o GlobCom “é uma experiência que nunca se esquece e que nos enriquece enquanto pessoas e profissionais”. Já Tânia destaca a sorte em ter tido a companhia dos colegas escsianos, “dois futuros profissionais excelentes”, no desafio. Para a aluna, “é uma sensação inexplicável e um sentimento de orgulho e de valorização a nível profissional [e] a melhor forma de terminar uma licenciatura”. Pedro destaca, também, a importância de projetos desta natureza para a valorização do currículo dos estudantes, que constituem uma mais-valia na entrada no mercado de trabalho. O aluno conclui, referindo que “o rigor do trabalho dos estudantes da ESCS é destacado e elogiado pelas diferentes universidades e instituições académicas envolvidas na competição”.