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Publicado: 27.10.2017

No âmbito das Linhas de Investigação da ESCS, surge o Museu da Paisagem, uma iniciativa de 10 docentes da Escola.

O projeto “Narrativas e experiência do lugar: bases para um Museu da Paisagem” começou a ser pensado em maio de 2015, apesar de, só agora, estarem reunidas as condições para avançar com a proposta.

O Prof. João Abreu, responsável pelo projeto, explica que a iniciativa partiu de um grupo de professores da Escola, no âmbito da macrolinha de investigação da ESCS Cultura, Media e Tecnologia. Fazem parte da iniciativa os docentes Helena Pina, Isabel Simões-Ferreira, José Cavaleiro Rodrigues, Luís Monteiro, Margarida Carvalho, Maria Inácia Rezola, Maria João Centeno, Ricardo Pereira Rodrigues e Rúben Neves. O grupo envolve, também, cinco alunos do curso de licenciatura em Audiovisual e Multimédia, que têm colaborado de forma extracurricular.

O projeto é financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e pelo Horizonte 2020 e a marca Museu da Paisagem já se encontra registada.

Em que consiste?

O protótipo do Museu da Paisagem engloba um website apoiado por outras plataformas online e offline, como apps, vídeos, guias de apoio, entre outros, e pretende “contribuir para uma cidadania paisagística, uma vez que a paisagem é construída por todos e implica a participação da população”, explica o Prof. João Abreu.

A estratégia inicial consiste numa abordagem ao território geográfico a partir de vários pontos de observação que seguem a linha do rio Tejo, ao longo dos distritos que o acompanham: Castelo Branco, Santarém e Lisboa. Nestes pontos, serão feitas recolhas de diferentes narrativas da paisagem para a construção de conteúdos museológicos e de mediação. Para tal, contribui a posição privilegiada dos parceiros do projeto: o Politécnico de Lisboa (representado pela ESCS), o Instituto Politécnico de Santarém e o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Para além destas instituições, a iniciativa conta, também, com um parceiro empresarial, a STRIX, Ambiente e Inovação, que constitui uma ajuda especializada no que diz respeito às questões ambientais, ecológicas e sustentáveis, e com a colaboração de consultores externos nas áreas da paisagem, património e museologia.

Este plano inicial terá a duração de um ano e meio, que terminará no dia 12 de abril de 2019. Sendo um projeto a longo prazo, é objetivo da equipa conseguir, depois, mais financiamento, a fim de alargar este modelo a todo o território nacional.

Workshop + conferência

Desde 12 de outubro que decorre, semanalmente, o workshop de fotografia “Conhecer o Território para Comunicar a Paisagem”, ministrado pelo fotógrafo Duarte Belo, com o objetivo de criar uma exposição coletiva de fotografia sobre a paisagem que envolve a ESCS.

Esta exposição tem como data de inauguração o dia 30 de novembro, que contará com uma conferência de apresentação pública do Museu da Paisagem à comunidade, assinalando o arranque do projeto. Os conferencistas serão quatro figuras que já trabalharam a temática da paisagem: Catarina Mourão, realizadora do documentário “A minha aldeia já não mora aqui” (2006), sobre a Barragem do Alqueva; Duarte Belo, que falará sobre o seu livro “Portugal – Luz e Sombra; O País Depois de Orlando Ribeiro”; João Catarino, ilustrador e autor do livro “EN2”, um diário de viagem com desenhos alusivos à Estrada Nacional N.º 2; e Paulo Moura, jornalista, escritor e docente da ESCS, que abordará o seu livro “Longe do Mar”, um diário de viagem pela Estrada Nacional N.º 2.

* Fotografias gentilmente cedidas pela equipa do projeto Museu da Paisagem.