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Publicado: 18.09.2015

Publicado: 18/09/2015

Duas escsianas licenciadas em Publicidade e Marketing contam a sua experiência de voluntariado no livro “Why Not Asia?”.

Inês Atienza e Joana Lucas tinham como objetivo terminar o curso superior e partir em busca de novas experiências. Após concluírem a licenciatura em Publicidade e Marketing, decidiram investir numa experiência de voluntariado. No livro “Why Not Asia?”, contam a aventura de nove semanas pelo Sudeste Asiático.

[Fotografia] Inês Atienza e Joana Lucas passaram nove semanas no Sudeste Asiático.

A experiência de voluntariado

Inês e Joana tiveram conhecimento da oferta de voluntariado e estágios profissionais da AIESEC, quando alguns membros desta associação se deslocaram à ESCS para divulgar as iniciativas aos estudantes. Após a conclusão da licenciatura, em 2014, e ainda sem experiência profissional, as ex-alunas sentiram que era o “momento ideal para explorar horizontes”. Optaram, assim, por uma experiência de voluntariado no Sudeste Asiático, pela “vontade de fazer a diferença na vida de outras pessoas, de querer conhecer novas culturas” e devido à “curiosidade em trabalhar com crianças desfavorecidas, de forma a que pudéssemos partilhar a nossa cultura e conhecimento com elas”.

[Fotografia] As escsianas deram aulas e ajudaram no dia-a-dia das crianças de um orfanato na Malásia.

Em nove semanas (cinco a trabalhar num orfanato em Ipoh, na Malásia, e quatro a viajar), Inês e Joana descobriram que aquela era a experiência que procuravam, uma vez que o “grande choque cultural permitiu quebrar várias barreiras e aprender imenso sobre o mundo e sobre nós”, explicam. Apesar de irem “mentalizadas para os piores cenários”, rapidamente transformaram as dificuldades iniciais em hábitos. As escsianas destacam o escritório local da AIESEC na Malásia pela forma como foram recebidas. O trabalho desenvolvido com as crianças do orfanato onde trabalharam, a quem davam aulas e ajudavam nas tarefas do dia-a-dia, foi outro fator que contribuiu para que, no geral, o balanço fosse “muito positivo”.

Para Inês e Joana, o facto de terem estudado numa escola de Comunicação ajudou ao desenvolvimento de “uma mente criativa e livre”, que fez com que não tivessem medo de “ir à procura do desconhecido”. A formação na ESCS refletiu-se nas atividades desenvolvidas no orfanato e na forma como lidaram com a experiência e como a contaram.

Das redes sociais ao livro

No início da viagem, Inês e Joana criaram uma página no Facebook, de forma a conseguirem comunicar mais simples e rapidamente com a família e com os amigos. Nessa comunidade, relatavam as experiências e partilhavam fotografias do dia-a-dia. “Nunca pensámos ter pessoas que não conhecíamos a seguir a nossa página”, confessam. A meio da viagem, contavam já com 600 seguidores. “Foi bom sentir esse carinho enquanto lá estávamos”.

A parceria com a Chiado Editora surgiu através de indicação de um familiar, que alertou as escsianas para o facto de esta ser uma editora “que aposta em novos autores”. Decidiram, assim, arriscar e enviar os textos. O lançamento do livro teve lugar no Museu do Oriente, no dia 3 de setembro, e contou com a presença de “mais pessoas do que aquelas que [haviam] planeado inicialmente”. O feedback tem sido “ótimo” e as ex-alunas continuam a receber regularmente encomendas e mensagens de pessoas a pedir conselhos sobre experiências de voluntariado.

“Tem sido brutal, para nós, sentir que o nosso livro e a nossa história têm servido de inspiração a outras pessoas, sobretudo a outros jovens, e esperamos que o livro seja um primeiro passo para novos projetos de voluntariado aqui ou do outro lado do mundo”, concluem.

Fotografias gentilmente cedidas por Inês Atienza e Joana Lucas.