Publicado: 06.06.2014
Publicado: 06/06/2014
O aluno André Caldes foi um dos cinco finalistas na iniciativa DevDays 2014.
André Caldes, aluno do 3.º ano do curso de licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE), ficou classificado em quarto lugar no desafio DevDays 2014, uma iniciativa promovida pela NOS e pela Microsoft. André foi o único aluno de Comunicação selecionado, num concurso direcionado para estudantes de Engenharia.
O desafio tinha como objetivo incentivar os estudantes do Ensino Superior a apresentarem ideias inovadoras sobre a televisão do futuro, nomeadamente no que diz respeito ao funcionamento das boxes.
[Fotografia] André Caldes (terceiro a contar da esq.) com os concorrentes finalistas e os representantes da NOS e da Microsoft.
Uma box que é RP
“A Box que nos une” foi o projeto apresentado por André Caldes. O aluno começou por identificar uma oportunidade: recolher informação sobre o cliente. A ideia consistia em encarar a box enquanto equipamento que comunica com o utilizador, permitindo uma oferta personalizada. “Através do telemóvel, a box faz a identificação de cada utilizador, mesmo que este esteja em espaços públicos”, explica. Desta forma, o aluno propôs uma solução benéfica para ambas as partes: a NOS fideliza os clientes e estes sentem-se mais satisfeitos.
No meio de engenheiros
Embora tivesse noção de que o desafio não era dirigido para a sua área de estudos, André arriscou concorrer. Foi com surpresa que acabou por receber um telefonema informando-o de que era um dos cinco selecionados. “Fiquei sem palavras”, conta.
Os finalistas participaram numa sessão de treino, na qual uma agência de comunicação os ajudou a preparar as suas apresentações finais. “Correu pessimamente mal”, confessa André com humor. Contudo, o aluno admite que o ensaio o ajudou a sintetizar as ideias. “Serviu para eu cair e foi bom porque melhorei a apresentação”, resume.
Chegado o grande dia, o escsiano conquistou o quarto lugar. André afirma que “só estar entre os cinco finalistas de um concurso que não é da minha área já fico feliz”. Ao contrário do previsto, pelo facto de “as ideias [serem] todas boas”, o aluno acabou por receber um smartphone oferecido pela Microsoft.
O professor-mentor
André convidou o Prof. Ricardo Barradas para seu mentor, por ser “dos professores que tem uma relação mais próxima com os alunos”, explica. O docente não influenciou a conceção da ideia, antes teve um papel crucial no apoio ao aluno. “Foi importante que eu o levasse a acreditar com mais afinco nele próprio e na ideia que tinha em mente”, refere o docente.
Foi com “bastante agrado e satisfação” que Ricardo Barradas encarou a prestação de André. “O ego de um professor também se alimenta dos voos dos seus alunos”, confessa. Para o docente, a principal vantagem do projeto de André residiu no facto de dar “primazia às relações existentes [entre a marca e o utilizador] em detrimento das especificidades tecnológicas em si”.
O reconhecimento: a ESCS e o aluno
A participação da ESCS neste concurso “surpreendeu pela positiva”. Para o Prof. Ricardo Barradas, é representativo da “qualidade dos nossos alunos e das excelentes competências técnico- -científicas que os cursos lhes fornecem”. O docente acrescenta, ainda, que mostra aos organizadores do concurso que “a ESCS prepara muito bem os alunos para o mundo empresarial e que a Comunicação poderá criar mais-valias para as empresas”.
Em jeito de balanço, André refere que as competências adquiridas na ESCS lhe permitiram perceber as relações existentes entre a marca e o público. “Percebemos que temos uma marca, um aparelho e um cliente. Aquele aparelho estabelece a relação entre as partes”, explica. “Eu transformei a box no Relações Públicas”, diz o aluno em jeito de brincadeira.
Por fim, o finalista do curso de licenciatura em RPCE diz que o reconhecimento, quer da organização da iniciativa quer da Escola, funciona como “uma motivação extra” para a reta final do curso.
Fotografias (primeira e segunda) gentilmente cedidas por André Caldes.