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Publicado: 20.05.2016

Um ano após o falecimento de Oscar Mascarenhas, a ESCS prestou uma homenagem ao docente e importante figura do jornalismo português.

Oscar Mascarenhas (1949-2015) foi um jornalista português de destaque e docente na ESCS. Um ano após o seu falecimento, a ESCS acolheu, no passado dia 17 de maio, o evento “A Deontologia dos jornalistas na democracia portuguesa: o contributo de Oscar Mascarenhas”, uma homenagem organizada pelo Prof. Mário Mesquita. A iniciativa juntou, numa mesa-redonda, alunos e colegas de profissão de Oscar Mascarenhas, que falaram sobre o seu contributo para o ensino e para a prática do Jornalismo, em Portugal.

O Presidente da ESCS, Prof. Doutor Jorge Veríssimo, deu início à sessão e o Prof. Mário Mesquita moderou a conversa.

O Prof. Doutor Jorge Veríssimo deu início à sessão, destacando o orgulho por estar perante os oradores e a família do homenageado, num “momento tão simbólico e importante”. O Presidente da ESCS recordou as conversas que teve com o jornalista “sobre as suas, muitas vezes, ácidas crónicas, que esceveu enquanto Provador do Leitor do Diário de Notícias”, definindo-o como “cumpridor e frontal, mas sempre disponível”.

O Prof. Mário Mesquita, moderou a conversa, lembrando Oscar como “um grande repórter, de um talento invulgar e de uma capacidade de argumentação muito acima do comum” e destacando o seu interesse pela Deontologia do Jornalismo.

Os alunos Duarte Pereira da Silva e Mariana Fernandes falaram das aulas da disciplina de Ética e Deontologia do Jornalismo.

Duarte Pereira da Silva e Mariana Fernandes frequentam o 2.º ano do curso de licenciatura em Jornalismo e foram alunos do Prof. Oscar Mascarenhas, durante alguns meses, no primeiro ano do curso, na disciplina de Ética e Deontologia do Jornalismo. Duarte mencionou o caráter frontal do docente, que “dava a sua opinião, fosse ela polémica ou não”, e a sua capacidade para simplificar as coisas. Por seu lado, Mariana destacou a ideia de liberdade (em oposição ao conceito de libertinagem) e o imperativo de se zelar pelo bem-estar do outro, que Oscar procurava passar aos estudantes.

Os jornalistas Adelino Gomes, Diana Adringa, José Pedro Castanheira e José Rebelo, colegas e amigos do Prof. Oscar Mascarenhas.

Adelino Gomes aproveitou as palavras dos alunos para referir que “um professor é aquele que deixa uma herança”. O jornalista partilhou que o poder de questionar de Oscar Mascarenhas gerava bastantes discussões, em que a discordância tinha de ser devidamente argumentada, e citou o falecido professor ao concluir que “um jornalista ama a sua profissão”.

Diana Andringa recordou-o como alguém, “simultaneamente, bem-disposto e resmungão”. A jornalista e amiga explicou, também, que Oscar encarava a Deontologia não como uma competência mas como uma prática e um modo de estar.

O jornalista José Pedro Castanheira deu, também, o seu contributo nesta homenagem, enaltecendo o professor como “uma personagem marcante, deliciante e completa”, que “escrevia extremamente bem”. José Pedro falou sobre o envolvimento do homenageado na Ética e na Deontologia do Jornalismo em Portugal e do seu gosto pelo trabalho académico.

Por último, José Rebelo falou sobre as “discussões intermináveis” que tinha com Oscar Mascarenhas. O jornalista e professor do ISCTE falou sobre as várias facetas do docente, como jornalista, Provedor do Leitor no jornal Diário de Notícias, vogal no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, estudante e professor.

Da esq. para a dir.: Mariana Fernandes, Duarte Pereira da Silva, Adelino Gomes, Diana Adringa, José Rebelo, Jorge Veríssimo, Mário Mesquita e José Pedro Castanheira.