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Publicado: 24.06.2013

A aventura, a valorização curricular e a abertura aos mercados de trabalho no estrangeiro começam a ser fatores preponderantes para o aumento do interesse dos estudantes nos programas de mobilidade internacional.

O programa Erasmus é uma experiência importante para todos os estudantes. Estudar num país diferente, conhecer novas culturas, aprender uma nova língua, conhecer novas pessoas e outras formas de trabalhar são motivos suficientes para fazer deste programa de mobilidade internacional uma aventura única a nível pessoal e profissional. Esta semana ficamos a conhecer os depoimentos de Joana Alves e Raquel Martinho, que fizeram Erasmus na Holanda e na Itália, respetivamente.

Lição de vida

O gosto de viajar e conhecer novas realidades foram algumas das razões que levaram Joana Alves, aluna do 3.º ano de Publicidade e Marketing, a seguir viagem até Groningen, na Holanda. Para a estudante, “foi uma questão de juntar o útil ao agradável” e aproveitar da melhor forma um período de estudos fora do país. A aluna estudou na Hanze University of Applied Sciences, onde realizou um projeto chamado “Game On”, que consistiu no desenvolvimento de um jogo digital para ensinar crianças do Quénia a prevenir a doença da malária. 

[Fotografia] "Gostei muito da minha turma, tinha uma multiculturalidade que a enriquecia", disse Joana Alves.

Do ponto de vista de Joana, “Groningen é como Coimbra, uma cidade de estudantes, e as pessoas são muito amistosas. A minha casa ficava a 20 minutos de bicicleta da universidade e todos os dias fazia esse percurso pelo menos duas vezes”. Da língua aprendeu muito pouco, porque falava sempre em inglês. Joana aproveitou a estadia de cinco meses para viajar pelo país e fazer um workshop de teatro e comédia. Na memória, traz boas recordações. “No fim, o que vale é mesmo a experiência. Não vou dizer que mudou a minha vida completamente, mas foi uma boa lição de vida”, confessa. Erasmus foi, para a aluna, uma forma de aprendizagem, quer a nível pessoal quer a nível académico. “Enquanto estive na Holanda, aprendi a desenvolver laços com pessoas de vários países”, revela. Esta foi, sem dúvida, uma experiência enriquecedora e um teste aos seus limites. “Estar fora do meu ambiente familiar fez com que percebesse do que era capaz. Aprendi a ser autónoma e a tomar conta de mim”. 

Oportunidades únicas

Fazer Erasmus foi algo que Raquel Martinho sempre teve em mente, desde o seu ingresso na ESCS. A aluna, do 3.º ano de Jornalismo, inscreveu-se no programa de mobilidade e ingressou na primeira opção que tinha escolhido: Roma. Admiradora confessa da língua, frequentou o curso de italiano facultado para estudantes Erasmus e depressa aprendeu o idioma. “Dediquei-me a tentar ouvir e perceber. Se ficasse mais algum tempo em Itália, dominava a língua”, disse Raquel. 

[Fotografia] Para Raquel Martinho, "Erasmus é uma oportunidade única que nos valoriza imenso".

A aluna esteve inscrita na Università degli studi di Roma, La Sapienza, Facoltá di Scienze della Comunicazione, onde fez disciplinas no âmbito da área científica de Jornalismo. “As aulas eram lecionadas em italiano, bem como os exames orais que realizei”, revela. Outra componente que marcou a experiência de Raquel foi as várias viagens que efetuou pelo país e que lhe permitiram descobrir mais um pouco da cultura italiana. “Viajei pelo Norte do país, mas Roma é uma cidade maravilhosa. Gostei da sensação de andar na rua e a qualquer momento estar a passar por um monumento”. Segundo Raquel, o período de Erasmus foi muito gratificante. “Há tempo para estudar, para ir a festas e viajar”. Apesar de considerar o ensino mais teórico que na ESCS, a aluna aconselha ‘La Sapienza’ aos estudantes interessados em realizar Erasmus em Roma. “Ao nível de ensino, é uma boa faculdade, mas os cursos da ESCS têm uma vertente mais prática”, afirma. Para Raquel, esta foi “uma experiência divertida”, que lhe permitiu ser independente e autónoma. “Só por estas coisas já valeu a pena”, confessa.