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Publicado: 09.10.2015

Publicado: 09/10/2015

A ESCS estabeleceu um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa, com vista à criação de campanhas de marketing, no âmbito do Plano de Intervenção para a Área do Envelhecimento. O projeto, desenvolvido por um grupo de alunos finalistas da licenciatura em Publicidade e Marketing,  já está nas ruas da capital.

A Rede Social de Lisboa, da qual a ESCS é parceira, definiu como área de intervenção prioritária o envelhecimento. Partindo desta premissa, surgiu, em 2012, o Plano de Intervenção para a Área do Envelhecimento (PIAE), que decorre até ao final de 2015, o qual tem como objetivo reunir esforços para a criação de iniciativas que acrescentem valor à forma como as pessoas vêem os idosos.

Neste sentido, a Escola foi convidada para ser parceira nesta causa, dando origem ao protocolo ESCS-CML. “Das reuniões, surgiu a oportunidade de ‘trazer’ para a ESCS o desafio de pensar, elaborar e propor uma campanha, envolvendo/desafiando alunos e colegas que, no âmbito das suas disciplinas, abraçaram e trabalharam no projeto”, explica o Prof. Manuel Batista, coordenador da secção de Publicidade e Marketing.

[Legenda] “A idade muda. A diversão não.” é o mote de um dos cartazes divulgados.

O projeto

O briefing foi apresentado pelo cliente (representado por Rosa Lopes, da Câmara Municipal de Lisboa, e Nuno Félix, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) aos alunos do 3.º ano da licenciatura em Publicidade e Marketing, na disciplina de Ateliê de Agência, lecionada pelos professores João Barros e Nuno Melo da Silva. O objetivo desta disciplina é a reprodução do trabalho que é realizado numa agência de publicidade, em todas as suas vertentes. Desta forma, esta campanha contribuiu para que fosse “tudo muito mais aliciante”, uma vez que os alunos sabiam que uma das campanhas desenvolvidas “seria colocada na rua e teria visibilidade para a comunidade”, explica o Prof. João Barros. O docente indica que os alunos passaram por todos os processos realizados numa agência: investigação, briefing de agência, briefing criativo e peças, para os meios tradicionais e para a internet.

O principal objetivo da campanha foi a sensibilização da população para a valorização das pessoas depois dos 65 anos. Ao todo, nove grupos apresentaram a sua campanha de marketing ao cliente, o que contribuiu para um maior contato com a realidade de uma agência.

A campanha selecionada

“Durante a vida, passa-se por imensas experiências que fazem as pessoas mudar, mas há traços de personalidade que não mudam, independentemente da idade”. É desta forma que Renata Enachi, um dos elementos do grupo que tem agora a oportunidade de ver o seu projeto divulgado, define a ideia que deu origem à proposta apresentada. O grupo pretendia demonstrar que “a vida pode ser gozada com qualquer idade, mas de maneiras diferentes”.

Desta forma, foram criados três cartazes com ideias distintas, que são agora difundidos em múpis, pela cidade, e através da internet:

• "A idade muda. O carinho não."

• "A idade muda. A diversão não."

• "A idade muda. O talento não."

A trabalhar consigo, Renata tinha mais quatro colegas: Brisa Levine Diniz Santos, Francisco Teixeira-Botelho, Pedro Nogueira e Sílvia Marques.

A escsiana defende que este tipo de parcerias é muito importante para os alunos “terem visibilidade”, estarem mais preparados para o “futuro profissional” e para mostrar que “a Escola está à altura de aceitar diversos desafios”.

Renata demonstra também o seu entusiasmo ao ver o trabalho na rua. “Para recém-licenciados, é um êxito tremendo”, indica. A ex-aluna diz ter sido uma boa forma de acabar o curso e que poderá gerar uma oportunidade para iniciar carreira.

O balanço

A parceria foi positiva do ponto de vista de todos os intervenientes deste projeto.

Nuno Félix enaltece a criatividade e o talento dos alunos da ESCS, bem como a disponibilidade e a competência dos docentes da disciplina e o apoio do Prof. Manuel Batista. “Tanto a nível pessoal, como a nível profissional, foram momentos de enorme interesse, riqueza e aprendizagem”, indica.

O Prof. João Barros destaca o benefício dos alunos terem tido a oportunidade de trabalhar um briefing real, com um cliente real, que permitiu uma aproximação ao mercado de agência. O docente reflete também sobre a ligação que parcerias deste tipo possibilitam entre a Escola e a comunidade e a visibilidade alcançada. “Temos uma rede de múpis na rua com uma campanha feita pelos alunos e é uma maneira, talvez a melhor maneira, de mostrar o que é que os nossos alunos podem fazer”, declara.

Reforçando a declaração de João Barros, o Prof. Manuel Batista refere também a aproximação da ESCS ao mercado empresarial e “a carga motivacional” que a campanha deu aos alunos, que puderam, assim, enriquecer o seu portfólio.