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Publicado: 07.06.2019

 

PERFIL RPCE: Fernando Rente

 

Após terminar o então curso de Comunicação Empresarial, Fernando Rente passou por diversas agências de Comunicação até chegar ao grupo Jerónimo Martins, onde é, atualmente, Corporate Brand Manager.

Fernando Rente estudou Ciências Socioeconómicas no Ensino Secundário e, ao terminar o curso, percebeu que não era aquilo que queria para o futuro. Na procura de informação sobre o Ensino Superior, a ESCS despertou o seu interesse. “Achei que a Comunicação era algo que tinha a ver comigo, com a minha forma de estar, e que podia ser uma área muito interessante”, explica. Candidatou-se, por isso, a todos os cursos da Escola, entrando na primeira opção: Comunicação Empresarial. “De certa forma, a ESCS atravessou-se no meu caminho e eu deixei-me levar”, reflete.

Agarrar novos desafios

Fernando ingressou na ESCS, em 1997. “O que, naturalmente, recordo mais é a intensidade dos trabalhos de grupo e a forma como os professores nos motivavam para trabalhar em equipa, agarrar novos desafios e descobrir novas realidades”, conta. Desde Gestão de Crises à Relação com os Media, passando pelos Laboratórios de Comunicação, as unidades curriculares do curso conferiram, ao antigo estudante, uma “capacidade de resiliência” que “subsiste e persiste, até hoje”. Já o “espírito de aprendizagem pela experimentação” era algo que existia dentro e fora das aulas. “Os corredores eram, também, um laboratório com uma energia incrível, onde nasciam projetos”, recorda.

O escsiano lembra, ainda, que, quando começou as aulas, o que mais o impressionou foi “a proximidade entre o corpo docente e os alunos". Fernando menciona "um período que juntou pioneiros das Relações Públicas em Portugal, como o Prof. José Viegas Soares, com toda uma nova geração” de professores da área.

Oito anos de escstunis

Logo no primeiro ano de licenciatura, Fernando entrou para a tuna académica da Escola, onde permaneceu por oito anos. Na escstunis, aplicou muito do que ia aprendendo ao longo curso, desde “as relações mais institucionais”, com a Escola e outros grupos académicos, até à logística de organização de eventos e angariação de verbas para comprar equipamentos. “Acabava por ser quase um ecossistema de comunicação onde tudo se punha em prática”, explica.

Mais “informalmente”, teve, também, proximidade com a Associação de Estudantes e “alguns núcleos que se começavam a formar”. “Já existia muita gente com vontade de fazer coisas e isso foi a génese de tudo”, conta.

20 anos de ligação à ESCS

“Quase 20 anos depois de terminar a licenciatura, a minha vida continua a cruzar-se com a da ESCS de diferentes formas”, conta Fernando. Em 2013 e 2014, o escsiano lecionou a unidade curricular de Laboratório de Comunicação Organizacional aos alunos do 3.º ano de RPCE, atividade que conciliou com o seu trabalho numa agência de comunicação. Para além disso, é, regularmente, convidado para partilhar a sua experiência profissional com os estudantes, nos seminários organizados pelas coordenações dos diferentes cursos da Escola. Em 2014, teve a oportunidade de compor o genérico da 12.ª temporada do E2.

Experiência profissional

Fernando iniciou-se no mercado de trabalho na Porter Novelli, como Account Manager, passando, em 2002, para a MediaHealth Portugal, como Senior Consultant. Entre 2006 e 2008, trabalhou no departamento de comunicação da Roche, regressando ao trabalho de agência, em 2008, como Communication Director, na Guess What. 2014 é o ano em que integra a equipa da Inapa Portugal, para tratar da comunicação corporativa da empresa e, em 2015, dá o salto para o grupo Jerónimo Martins, onde trabalha atualmente.

Do seu percurso profissional, o escsiano destaca positivamente o facto de ter começado em agências de comunicação e os anos em que trabalhou nas mesmas. “Funciona um bocadinho como as urgências, onde a capacidade de resposta tem de ser muito rápida e os desafios são todos diferentes”, conferindo a “estaleca” que considera ter, hoje em dia.

A evolução no grupo Jerónimo Martins

Em setembro de 2015, o antigo estudante entra para o grupo Jerónimo Martins, como Corporate Communications Senior Manager. Dois anos depois, participa no rebranding da marca para assinalar os 225 anos da empresa. A partir deste momento, torna-se Corporate Brand Manager e fica encarregue dos relatórios de contas, da revista corporativa e de alguns canais nas redes sociais. “Tenho um trabalho muito transversal, que implica esta gestão interequipas, entre Portugal, Colômbia e a Polónia, e que é, agora, o meu desafio”, explica.

O escsiano conta que grande parte do seu trabalho passa por contar histórias. “Eu acho que têm o grande poder de juntar as pessoas em torno de causas, de mensagens, de instituições. Portanto, olho sempre para o conteúdo numa perspetiva de storytelling”, explica.

Saber fazer

Apesar de, desde que acabou o curso, o plano de estudos, bem como o mercado de trabalho, terem sofrido alterações, Fernando considera que, “para quem gosta e se vê a trabalhar em Comunicação”, a licenciatura em RPCE “é muito interessante”, na medida em que “nos faz olhar para o mundo de outra maneira”, dado que confere, aos estudantes, um “olhar muito crítico em relação à forma como a informação nos chega”.  Para tal, contribui um corpo docente que “partilha muito as experiências entre o mercado de trabalho e a academia”, o que faz com que o ensino seja “muito hands on” e os alunos acabem o curso capacitados para “saber fazer, resolver e procurar soluções um bocadinho mais criativas para os desafios que se colocam”.

Por fim, desafiámos Fernando Rente a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

A minha guitarra. Tem, curiosamente, uma ligação à ESCS, porque eu comprei-a em Toronto, numa viagem que fiz com a escstunis.

Uma cidade ou um país.

Uma cidade, Nova Iorque, pela energia. E um país, Portugal. É um país com uma riqueza fantástica.

Uma música ou uma banda.

Vou escolher uma voz: Chris Cornell. Deu voz a várias bandas de todo aquele grunge e pós-grunge dos anos 90 para a frente. Desapareceu há pouco tempo e eu acho que deu muito à música Rock.

Um filme ou um realizador.

Dois realizadores: Quentin Tarantino e Clint Eastwood.

Um livro ou um escritor.

1984, de George Orwell.

Uma série.

Sons of Anarchy.

Uma referência profissional.

Já tive a sorte de trabalhar com pessoas que se transformaram em referências profissionais, para mim. Mas não consigo eleger uma.

Quando for grande, quero ser.

Gostava de ser uma referência para os meus filhos. De certa forma, ser um modelo inspirador. Esta é a minha maior ambição.


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