Antes de falar sobre os desafios do social media, é preciso eliminar um preconceito que muitos têm. Social media não é igual a redes sociais que, por sua vez, não é igual a Facebook. Social media é todo um universo que vai muito para além das redes sociais e, portanto, muito para além do Facebook também, apesar de reconhecer a tremenda importância desta plataforma. Social media são no fundo todas as plataformas digitais que permitem que uma ou mais pessoas interajam, em tempo real ou diferido.  As redes sociais são um tipo de media social que assenta essa interactividade entre pessoas baseada na sua rede de contactos e pressupõe um consentimento mútuo de contacto. O Facebook é a maior e mais utilizada rede social.

Esclarecido e arrumado este ponto, quais são então os principais desafios para 2013? E aqui podemos encarar a questão em 3 perspectivas diferentes:

1. das empresas cujo produto/serviço é uma plataforma de Social Media;

2. das empresas de media que exploram a vertente social; ou

3. das empresas de bens e serviços de um modo geral, ao utilizarem plataformas de social media.

Começando pela primeira, penso que o grande desafio de 2013 será o da adaptação a uma realidade cada vez mais mobile. Pegando no exemplo do Facebook, cada vez mais pessoas acedem ao Facebook via smartphone, que não permite os formatos publicitários a que a Facebook está habituado a explorar. Como converter  estes acessos e fontes de receita? É sem dúvida o grande desafio.

Relativamente às empresas de media, o desafio é bem mais complexo e prende-se com encontrar um novo paradigma para toda a indústria. Coisa pouca, portanto.  A verdade é que a crise está a evidenciar as fragilidades do actual modelo de negócio, exclusivamente acente em concentração de audiências e receitas publicitárias. É por isso urgente encontrar novas formas de estar.

No que respeita à terceira perspectiva, se olharmos para os grandes eventos internacionais da área, os temas quentes são o Twitter, o branded content, o storytelling e os Google glass.  Olhando para Portugal, o tema quente continua a ser a presença no Facebook, e a adaptação das marcas à realidade mobile. O que não surpreende pois houve de facto uma adopção tardia a estes dois meios. O grande desafio para este ano em Portugal será portanto como extrair valor nestas duas áreas, num ano em que o investimento na inovação e no futuro das empresas infelizmente, escasseia.