Passar para o conteúdo principal

Publicado: 29.01.2016

Na Academia RTP, Guilherme Trindade teve a oportunidade de escrever e realizar uma longa-metragem, que irá ser brevemente transmitida na televisão.

Guilherme Trindade ingressou na ESCS em 2004, na licenciatura de Jornalismo, mas depressa percebeu que tinha feito a escolha errada. Mudou para Audiovisual e Multimédia, onde explorou o seu gosto pela ficção, e participou em atividades extracurriculares, nas quais pôde desenvolver as suas competências. O escsiano fez parte da organização dos Commie Awards e estagiou no programa de televisão E2, onde realizou sketches e chegou mesmo a ser produtor. Em novembro de 2014, integrou a Academia RTP e teve a oportunidade de coescrever e realizar a longa-metragem Offline, que será brevemente exibida na RTP2.

[Fotografia] Guilherme Trindade (à direita), com o ator Duarte Gomes, durante a rodagem do filme.Academia RTP

Guilherme concorreu à Academia RTP, em parceria com o amigo João Harrington Sena, com um episódio piloto de “Cavaleiros do Panteão: Força Lendária”. Como o projeto não passou à fase final, a dupla ingressou na equipa de Offline, da autoria de Ivone Rodrigues, como argumentistas. O escsiano acabou, depois, por acumular, também, o papel de realizador.

O ex-aluno explica que “o filme é um espelho dos nossos tempos”, retratando a tecnologia, as redes sociais, os vícios, o isolamento e a revolta e abordando conceitos como “Facebook, Instagram, Tinder, phubbing, sexting, yolo, fomo, youtubers e cosplayers”. A longa-metragem estreou no passado mês de dezembro na Comic Con e teve “muitas gargalhadas e muitos aplausos”. “Estávamos com imensa curiosidade [para saber] se o filme tinha piada para mais alguém ou se só para nós”, refere o realizador e argumentista, que aguarda, agora, a data de exibição de Offline na televisão.

Ao nível da aprendizagem, Guilherme confessa que “fazer uma longa-metragem em três meses e meio, do início ao fim, torna-nos humildes”, devido às adversidades contra as quais a sua equipa teve de lutar. O escsiano diz que aprendeu imenso “sobre realização, sobre improviso, sobre como gerir uma equipa, sobre os sacrifícios que se têm de fazer, pessoais e profissionais, para que se consiga levar a bom porto um projeto assim”.

[Fotografia] Guilherme Trindade, com a equipa do filme Offline, durante as gravações.A influência da ESCS

Em relação à passagem pela Escola, Guilherme destaca o E2 como uma excelente oportunidade para os alunos escreverem e realizarem os seus próprios conteúdos e vê-los exibidos num canal de televisão. O escsiano diz que tem, pelo programa da ESCS, “das melhores memórias académicas” e que as funções que desempenhou lhe deram “bastante estofo” para a concretização do Offline. Guilherme agradece o facto de a Escola apoiar os trabalhos dos seus alunos e ex-alunos e ressalva o prazer que tem em dar, todos os anos, o workshop de Guionismo do nAV.

Sem poder adiantar grandes pormenores, o escsiano revela que a RTP “deixou a porta aberta para futuras colaborações” e que, inclusivamente, está, de momento, a trabalhar num novo piloto, que conta com a colaboração de vários ex-alunos da ESCS.

*Fotografias gentilmente cedidas por Guilherme Trindade.