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Publicado: 27.01.2017

Na disciplina de Ateliê de Técnicas de Entrevista, o Prof. Carlos Andrade dá a possibilidade aos estudantes de Erasmus+ de prestar provas na sua língua nativa.

Ateliê de Técnicas de Entrevista é uma disciplina lecionada pelo Prof. Carlos Andrade, no 3.º ano do curso de licenciatura em Jornalismo. O docente esclarece que esta unidade curricular costuma ter muitas inscrições por parte de estudantes internacionais e que, sempre que é possível, lhes dá a oportunidade de prestar provas na sua língua nativa, sendo que já houve alunos espanhóis, francófonos e que falam inglês a passar pela experiência. “Há uma diferença entre fazermos uma entrevista na nossa língua e fazê-la noutra que não conhecemos bem e, por isso, temos respostas que não entendemos bem, porque o sentido de oportunidade se perde, uma vez que só entendemos o geral”, explica.

A disciplina de Ateliê de Técnicas de Entrevista tem muitos estudantes internacionais.

O trabalho final da disciplina consiste numa entrevista realizada por cada aluno a um convidado externo. Como tal, é essencial que também os entrevistados falem a língua dos estudantes. Este ano, pela primeira vez, foram feitas entrevistas em catalão, sendo que três alunas falaram em valenciano, uma variação deste idioma. Para o efeito, Carlos Andrade convidou Rámon Font, o delegado da Catalunha em Portugal, para responder às questões das alunas.

Ana Ballesteros e Claudia Ballester, da Universitat Rovira i Virgili, em Tarragona, e Elisabeth García e Violeta Peraita, da Universitat de València, em Valência, são estudantes de Jornalismo e entrevistaram o convidado catalão na sua língua nativa.

Da esq. para a dir.: Ana Ballesteros, Elisabeth García, Violeta Peraita e Claudia Ballester.

Para as estudantes, que escolheram a ESCS devido à componente prática e aos equipamentos que a Escola disponibiliza, esta foi “a melhor” experiência que tiveram na área da Comunicação, devido ao facto das atividades promovidas pelo professor obrigarem a que, elas próprias, se auto-corrigissem e auto-avaliassem. As alunas revelam que, logo na primeira aula, o docente referiu que queria que elas se sentissem confortáveis e que aprendessem o que ele tentaria explicar, sem se preocuparem com o português. “Isso é muito positivo porque, noutras disciplinas, temos que estar dependentes de saber inglês ou português, enquanto que, nesta, podemos ser nós mesmas e podemos aprender a 100%, uma vez que não temos que nos preocupar com o idioma”, referiram, complementando que “há poucos professores como o Carlos Andrade”.