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Publicado: 11.05.2018

Na nona edição dos Prémios Dignitas, dois grupos de alunos de Jornalismo da ESCS foram distinguidos com o prémio e uma menção honrosa, na categoria de Jornalismo Universitário.

No passado dia 8 de março, o Auditório António de Almeida Santos, da Assembleia da República, foi palco da cerimónia de entrega dos Prémios Dignitas 2017. A ESCS foi, mais uma vez, parceira da iniciativa, promovida pela Associação Portuguesa de Deficientes (APD) com o apoio da Fundação Vodafone Portugal. A concurso, estiveram 17 trabalhos, divididos pelas categorias de Imprensa, Rádio e Jornalismo Universitário. Seis destes trabalhos foram propostos por estudantes, para a categoria de Jornalismo Universitário.

O júri, do qual a Prof.ª Doutora Anabela de Sousa Lopes (Vice-Presidente da ESCS) fez parte, distinguiu dois grupos de alunos do curso de licenciatura em Jornalismo, na categoria de Jornalismo Universitário. As reportagens foram ambas elaboradas no âmbito da disciplina de Ateliê de Reportagem TV.

Antes da entrega de prémios, o evento contou com intervenções de várias figuras que refletiram sobre a temática da deficiência e da sua abordagem por parte dos órgãos de comunicação social. O Coro Infantil dos Pequenos Cantores de Lisboa, composto por crianças entre os seis e os 10 anos, deu início à cerimónia com uma pequena atuação.

Mesa de honra

A Vice-Presidente da Assembleia da República (AR), Dr.ª Teresa Caeiro, deu início à sessão, referindo que a sua presença “significa o apreço da AR por esta iniciativa”. A deputada defendeu que os prémios constituem uma “oportunidade de reflexão para a sociedade”, que deveria olhar para os cidadãos com deficiência com “a atenção que merecem”, assegurando o acesso a “direitos essenciais”, como cuidados de saúde, trabalho, lazer e cultura. Para concluir, Teresa Caeiro destacou a importância da comunicação social “para a sensibilização da população”.

De seguida, a Presidente da APD salientou a importância da aposta dos jornalistas em reportagens desta natureza para que haja uma “transformação para uma sociedade mais justa”. A Dr.ª Ana Sezudo destacou, ainda, o crescimento, em quantidade e qualidade, dos trabalhos apresentados e referiu-se aos jornalistas como “parceiros imprescindíveis” na divulgação desta temática.

O Presidente da ESCS, Prof. Doutor Jorge Veríssimo, salientou o “total apoio e disponibilidade” por parte da Escola, para ser parceira desta iniciativa, cujo objetivo se insere num dos seus pilares: “contribuir para uma sociedade mais justa”. Veríssimo lembrou que a ESCS procura “incutir o sentido de cidadania e responsabilidade social”, nomeadamente, através de protocolos de cooperação, fomentando um “posicionamento crítico e construtivo” junto dos estudantes e sensibilizando os “futuros jornalistas para a inclusão social”. “É importante que o Prémio Dignitas se mantenha no panorama Nacional”, concluiu.

Por sua vez, a Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sofia Branco, referiu que é função do jornalismo “capacitar e empoderar” e que não basta “rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas”, como refere o código deontológico, pois “falta o lado da transformação social”. A jornalista defendeu, ainda, em tom de crítica, que “a comunicação social é um meio extremamente conservador” e que “tem de partir dos jornalistas” investir nestas temáticas, que tendem a ser postas de parte. Sofia Branco acredita que o investimento em “boas práticas” serve de “incentivo para os outros”, funcionando como uma “influência nos discursos e comportamentos sociais” e contribuindo “para eliminar estereótipos”.

Por último, a Dr.ª Patrícia Filipe, Vice-Presidente da Amnistia Internacional, referiu ser “uma honra”, para a organização, participar nesta iniciativa, como parte do júri e na cerimónia, e defendeu “a importância de dar voz à causa que está por detrás do prémio”. Patrícia Filipe falou das reportagens como “importantes ferramentas” de difusão e destacou a “excelente qualidade das peças” a concurso.

Prémio Dignitas Jornalismo Universitário

O prémio da categoria dirigida a estudantes foi atribuído ao trabalho “Vida sem limites”, de Afonso Alexandre, Ana Rita Matos, Joana Figueiredo e Marta Ferreira. Em representação do grupo, Marta Ferreira endereçou um agradecimento ao júri e aos docentes da disciplina, os professores Ana Leal e Rúben Neves, e congratulou os colegas de turma. “Qualquer grupo merecia [este prémio]”, reconheceu. Marta aproveitou a ocasião para referir, com orgulho, que a protagonista da reportagem, Sara Duarte, que sofre de paralisia cerebral, não pôde estar presente na cerimónia por ter conseguido arranjar um emprego.

A reportagem “Olhos que ouvem, mãos que falam”, de Ana Rita Cristóvão, Cláudia Lima, Nadine Gil, Raquel Oliveira e Soraia Amarelinho recebeu uma menção honrosa na mesma categoria. Ao receber o diploma, Ana Rita explicou que a reportagem foi feita com dois objetivos: “mostrar que é possível viver com deficiência e que há muita coisa que tem de ser mudada”. A ex-aluna agradeceu, ainda, aos professores, à família e aos amigos.

Confira, abaixo, a lista de vencedores, por categoria, dos Prémios Dignitas 2017:

Rádio

“Anda, Jenny”, de Bárbara Baldaia (TSF)

Rádio (menção honrosa)

“Autismo, a música ajuda-os a sair da concha”, de Liliana Carona (Rádio Renascença)

Imprensa

“Corre, Paulinho, corre”, de Sara Dias Oliveira (Notícias Magazine)

Jornalismo Universitário

“Vida sem limites”, de Afonso Alexandre, Ana Rita Matos, Joana Figueiredo e Marta Ferreira (ESCS)

Jornalismo Universitário (menção honrosa)

“Olhos que ouvem, mãos que falam”, de Ana Rita Cristóvão, Cláudia Lima, Nadine Gil, Raquel Oliveira e Soraia Amarelinho (ESCS)

Grande Prémio Dignitas 2017

“A vida normal dos Cottim, uma família com a voz nas mãos”, de Mariana Correia Pinto (Público)