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Publicado: 08.04.2020

Pedro Vieira é o autor do genérico dos episódios produzidos a partir de casa do programa 5 Para a Meia-Noite.

Face às medidas de prevenção do contágio por COVID-19 e da sua propagação, muitos foram os trabalhadores que tiveram de se adaptar ao teletrabalho. Nos órgãos de comunicação social, o cenário não é diferente e, por isso, sempre que é possível, os profissionais fazem peças de televisão, rádio e imprensa a partir das suas casas. Neste sentido, o late-night show 5 Para a Meia-Noite, da RTP1, convidou o escsiano Pedro Vieira, licenciado em Publicidade e Marketing, para produzir o “genérico caseiro”.

O antigo estudante, que já colabora com a RTP desde 2015, enquanto apresentador d’O Último Apaga a Luz, conta que foi contactado pela equipa de conteúdos do 5 Para a Meia-Noite, que tinha conhecimento da sua rubrica ilustrada “Irmão Lúcia”, do programa A Rede, do Canal Q. “Acharam que esse estilo mais próximo do rascunho, do improviso, casaria bem com as novas condições de produção”, explica. Na sequência do genérico, acabou por fazer, também, duas ilustrações para o monólogo de abertura da apresentadora Filomena Cautela.

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"Genérico caseiro" do 5 Para a Meia-Noite concebido por Pedro Vieira.

Um profissional multifacetado

Atualmente, Pedro Vieira está encarregue da comunicação do Cinema São Jorge e apresenta o programa O Último Apaga a Luz, da RTP3. O escsiano faz, ainda, alguns trabalhos de ilustração, projetos à peça e gestão de redes sociais, em regime de freelancer. Paralelamente, é autor de livros, de ficção e não-ficção, e escreve “algumas coisas para a imprensa”. Pedro é, ainda, presença assídua no Canal Q, tendo já participado em vários programas, como o Inferno. Atualmente, coapresenta o Querido Diário.

Em período de isolamento social, o antigo estudante encontra-se, também, em casa. “Numa rotina normal, iria para o Cinema São Jorge todos os dias, mas, agora, estou em chamado teletrabalho. Embora, verdade seja dita, esteja muito habituado a trabalhar remotamente. O problema atual é a neura. E as filas para o supermercado”, conta, com humor. Num destes dias de confinamento, Pedro aproveitou a notícia polémica que dava conta do trânsito na Ponte 25 de Abril durante o estado de emergência e inspirou-se para criar uma ilustração, que partilhou na sua página de Facebook. A imagem foi largamente partilhada, contando já com mais de 5.200 partilhas. O escsiano revela que esta adesão por parte dos seguidores suscitou, em si, três sentimentos: "espanto, porque nunca tinha tido nada tão partilhado; contentamento, porque a vaidade assiste a todos; e desprendimento, porque percebi que ela ia voar por aí, como se fosse uma manifestação coletiva de crítica social. No fundo, deixou de me pertencer, o que foi um bom sinal", conclui.