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Publicado: 28.06.2013

Em 2007 nasceu o núcleo de rádio “No Ar”. Fundado por Miguel Henriques e Marco Leitão Silva, tinha como objetivo oferecer aos alunos da ESCS um espaço onde pudessem explorar a rádio de uma forma informal. Três anos mais tarde, os ex-alunos Nuno Moreira e Inês Bexiga reestruturaram o núcleo e trouxeram para a Escola um projeto inovador que hoje conhecemos como ESCS FM: uma rádio online, feita por alunos, para alunos, que aposta na formação através da experiência prática.                              

A ESCS FM é uma atividade extracurricular da Escola Superior de Comunicação Social que disponibiliza aos estudantes a oportunidade de experimentar e perceber o que é um jornalista multiplataforma. A rádio tem como público-alvo os alunos da Escola, conta com cerca de noventa membros ativos e é um núcleo multidisciplinar, transversal a todos os cursos lecionados na ESCS. “Quando se ouve falar em ESCS FM pensa-se que é apenas um núcleo de rádio. Mas existem os departamentos de Informação, Sonoplastia, Comunicação e Entretenimento que acabam por abarcar os interesses de alunos de todos os cursos”, refere Francisco Mendes, diretor-geral da ESCS FM e aluno finalista da licenciatura em Jornalismo.

[Fotografia] "O aluno da ESCS FM é um produto ESCS", disse Francisco Mendes.

“Mais que uma rádio, somos uma rádio da Escola”

Como nos revelou o diretor-geral da rádio, a ESCS FM tem dois objetivos principais: a experimentação e a formação. “Por um lado, queremos dar aos alunos a oportunidade de experimentar todas as áreas relacionadas com a rádio e ter um contacto mais próximo com o mercado de trabalho”. Em relação à formação, “ajudamos os alunos, damos-lhe a nossa oferta e eles escolhem o que querem aprender. A rádio tem crescido muito e quem ingressar agora no núcleo vai entrar na fase mais forte da rádio e pode beneficiar bastante a nível prático. As atividades extracurriculares são fundamentais na aprendizagem dos alunos e é o que nos diferencia dos outros estabelecimentos de Ensino Superior”, garantiu Francisco. A liberdade criativa dada aos seus colaboradores faz com que a programação da rádio seja variada, abrangendo várias temáticas como a política (Realpolitik), desporto (Bola na Rede), música (Bring the Noise Back) e uma rádio novela (Senhora Sua Mãe), entre outras. “Acreditamos que se os alunos estiverem a desenvolver a própria ideia, vão fazê-lo com mais gosto do que se for uma tarefa imposta”, frisou. Para além das atividades normais da grelha de programação, a ESCS FM faz a cobertura de alguns eventos, como é o caso do aniversário da Tuna e do Tuna M’Isto. “Já cobrimos congressos políticos e recebemos acreditações para concertos e festivais. Se tivermos disponibilidade, vamos a outros sítios onde faça sentido estar”, disse Francisco Mendes.

“Empenho e dedicação”

Como forma de dinamizar o núcleo e motivar os colaboradores, o núcleo promove três a quatro workshops anuais. “Depende das necessidades do núcleo na altura. Quando percebemos que há uma área mais fraca e não temos ninguém dentro da ESCS FM capaz de ensinar, fazemos um workshop”, referiu Francisco. Este ano o núcleo realizou uma conferência com antigos alunos, no sentido de perceber em que ponto está o mercado de trabalho na rádio. “Falámos com ex-alunos que saíram da Escola com a mesma preparação que nós, ou menos, porque antes não existia a ESCS FM, e saber em que condições conseguiram singrar na rádio”, disse Francisco. No que diz respeito às condições oferecidas pela Escola para o núcleo exercer as suas atividades, o diretor-geral diz que a Direção da ESCS tem sido “impecável”. “Sempre que falta ou se avaria alguma coisa e não temos capacidade de substituir, pedimos à Direção, que se tem demonstrado sempre disponível para nos ajudar quando temos algum problema”, disse. Quando questionado sobre o significado que o núcleo de rádio teve no seu percurso universitário, Francisco respondeu que a ESCS FM foi a maior escola que teve, quer a nível de formação profissional, quer a nível de formação pessoal. Durante os dois anos que esteve na direção da rádio, afirma ter aprendido muito sobre rádio, relacionamentos pessoais e responsabilidade. “A minha personalidade mudou muito devido à rádio. Para melhor, acho eu”, disse. Confidencia que a sua atividade na ESCS FM o fez trabalhar fora das aulas e em casa, todos os dias. “E ninguém nos paga para o fazer, é preciso gostar a sério, ter empenho e dedicação”. Mas garante que foi o único projeto em que sentiu uma enorme paixão no que estava a fazer. “Quem tem responsabilidades e cargos, acaba por criar uma ligação emocional ao projeto e às pessoas que estão ao nosso lado a participar. A maioria dos meus amigos estão na ESCS FM”, mencionou.