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Publicado: 03.07.2015

Publicado: 03/07/2015

[Fotografia] A obra "O Livro, O Leitor e A Leitura" nas mãos de Ricardo Pereira Rodrigues, um dos autores do livro.

O docente Ricardo Pereira Rodrigues é autor de um capítulo do livro “O Livro, O Leitor e A Leitura Digital”, editado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

No passado mês de junho, foi publicada a obra “O Livro, O Leitor e A Leitura Digital”, coordenada pelo professor e investigador Gustavo Cardoso (ISCTE-IUL). O livro, editado sob a chancela da Fundação Calouste Gulbenkian, conta com a colaboração 13 autores, entre os quais o Prof. Ricardo Pereira Rodrigues. O docente da ESCS escreveu o capítulo “A tecnologia na edição digital”, integrada na Parte V do livro, dedicada ao tema “Tecnologia, ciência e o desenvolvimento digital do livro”.

O livro

A obra resulta de um desafio lançado pela editora aos autores, no âmbito do estudo multidisciplinar “A Leitura Digital: Transformação do incentivo à leitura e das instituições do livro”, que se debruçou sobre a compreensão do fenómeno da leitura digital e o seu impacto na promoção da leitura e na atividade das bibliotecas e do setor editorial.

A contribuição de Ricardo Pereira Rodrigues, para este livro, passou por uma investigação relacionada com “as tecnologias digitais e o desenvolvimento digital do livro”, explica.

Para o docente da ESCS, a obra “ajuda a compreender, a questionar e a discutir dimensões relacionadas com o significado do que é ser leitor hoje, e o entendimento do que é a leitura na sua definição alargada (em papel e em ecrã)”. O professor acrescenta, ainda, que a mais-valia da obra passa por um “conjunto multidisciplinar de olhares sobre (...) temáticas que se relacionam com o livro, o leitor e a leitura”.

Do doutoramento ao convite

Ricardo Pereira Rodrigues é licenciado em Audiovisual e Multimédia, pela ESCS, e, neste momento, encontra-se a frequentar o doutoramento em Ciências da Comunicação, no ISCTE-IUL. A sua investigação consiste num “estudo de remediação” que “pretende observar o que acontece quando existe a transferência de um conteúdo de um suporte analógico para um suporte digital”. Basicamente, o docente pretende “analisar e entender as diferenças fundamentais entre o impresso e o digital, no contexto do álbum ilustrado”, procurando “propor um modelo que contrarie a transposição literal de histórias publicadas em formato impresso para plataformas digitais”, explica. O professor conta que a ideia para este tema surgiu “em primeiro lugar, porque sou um leitor compulsivo [e], em segundo, porque aborda temáticas do meu interesse académico e profissional”.

[Fotografia] Capítulo "A tecnologia na edição digital", escrito pelo Prof. Ricardo Pereira Rodrigues.

Neste sentido, Gustavo Cardoso, o seu orientador de tese de doutoramento, convidou-o a integrar a equipa de investigadores deste projeto. “Eu nunca imaginei que um dia iria publicar num daqueles livros vermelhos (...) que tanto respeito impunham e a que eu tanto recorri enquanto estudante de comunicação”, confessa o docente ao referir-se à coleção de obras da Fundação Calouste Gulbenkian.

A leitura sempre presente

Ricardo Pereira Rodrigues dedica grande parte do seu dia-a-dia à leitura. “Não consigo adormecer sem primeiro ler umas quantas páginas, ecrãs ou percentagens de textos”, conta. Em relação ao suporte de leitura, esse “varia sempre consoante a hora e o contexto onde me encontro: em casa, o dispositivo eleito é o tablet; na rua, o smartphone; e, no trabalho, o portátil ganha toda a minha atenção e divide o espaço na secretária com livros impressos”.