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Publicado: 12.04.2019

 

PERFIL RPCE: João Santos

 

João Santos é licenciado em Relações Públicas e Comunicação Empresarial. Hoje, é Diretor de Operações do YoungNetwork Group.

Na altura de escolher um curso no Ensino Superior, João Santos colocou Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE) em primeira opção, pois achou que era a licenciatura “mais viável”, devido à sua média do Ensino Secundário. Mais tarde, ao olhar para trás, percebeu que a Comunicação sempre fez parte de si. A nível profissional, após sair da ESCS, passou pela Valkirias e pela Fórum Estudante, mas é no YoungNetwork Group que tem vindo a progredir, desde 2005, sendo, atualmente, Diretor de Operações da empresa.

Relação de proximidade

João entrou na ESCS em 1997. O escsiano confessa que, quando chegou à Escola, estava à espera de um ambiente “muito mais denso e académico”. Contudo, o primeiro impacto não correspondeu às expetativas. “Fiz logo uma carrada de amigos, na primeira semana, e fiquei super animado”, conta. Para além dos colegas, destaca, também, a “relação de proximidade” com os docentes, sempre prontos para “receber e tirar ideias”.

Da licenciatura, recorda a quantidade de trabalhos aos quais os estudantes tinham de dar resposta, bastante superior em comparação com amigos seus que estudavam noutras instituições. “Fazíamos muitos trabalhos, com timings muito curtos e, ao mesmo tempo, muitas apresentações orais, o que nos dava bagagem para chegar ao mercado de trabalho”, considera. As aulas, lecionadas por docentes da academia e por profissionais da Comunicação, trouxeram uma “riqueza muito positiva, ao fechar o ciclo do prático com o teórico”. João destaca, em especial, a Prof.ª Doutora Mafalda Eiró-Gomes, por reconhecer, nos estudantes, “todo o seu potencial, muito antes deles próprios”, incentivando a que “se potenciem ao máximo, sobretudo com ferramentas académicas, sempre com honestidade crítica, para que cresçam tanto a nível pessoal como profissional”.

Para além do curso, em conjunto com os colegas da Escola, João ajudou a organizar as praxes, “sempre com o cuidado de não maltratar e de ninguém se sentir ofendido”. Apesar de, hoje em dia, estas atividades serem “um bocado diabolizadas”, o antigo estudante explica que foi através delas que fez “grandes amigos” e em que conheceu a mulher com quem viria a casar.

Percurso profissional

João começou a trabalhar, aos 16 anos, na fábrica de bolos da irmã. Ainda antes de entrar para a ESCS, explorou o mundo da Comunicação, nas entregas que fazia. “A forma como tu falas com um cliente pode salvaguardar-te de alguma falha que tenhas”, explica. Quando ingressou no Ensino Superior, interrompeu a atividade, devido à carga letiva.

Após terminar o curso, em 2001, integrou a equipa da Valkirias, uma agência de comunicação responsável por marcas como a Nokia. “Eu fui uma das pessoas que lançou um dos primeiros telemóveis com câmara em Portugal, o Nokia 7650”, conta. Dois anos depois, passou para o Departamento de Eventos e Ativação da Fórum Estudante. O escsiano recorda, particularmente, uma das propostas que consistia na criação de uma rede de influenciadores nas escolas. “Está completamente banalizado nos dias que correm, mas nós, em 2003, já andámos a propor isto a grandes marcas”, conta.

A entrada para o YoungNetwork Group dá-se em 2005, como Consultor Júnior da Taylor. Em seis meses, é feita a transição para Consultor Sénior. Passado um ano, torna-se Coordenador de Equipa e, dois anos depois, Diretor desta agência de Comunicação. “Lancei muitos jogos do Dragon Ball [e] fui uma das primeiras cinco pessoas, em Portugal, a ter o Pokémon Go, para experimentar. Foi a minha equipa que o lançou”, lembra.

O dia-a-dia como Diretor de Operações

Em 2017, João é desafiado pelo CEO do YoungNetwork Group a assumir o cargo de Diretor de Operações das áreas de consultoria da empresa. O escsiano passa, assim, a gerir as agências Taylor (dedicada a startups e PMEs), JD Young (grandes empresas), Young Porto (mercado do norte) e NewsSearch (analítica, imprensa e estudos de mercado). Diariamente, é responsável pela gestão das equipas, desde trainees a diretores, com quem interage e aprende diariamente, pelo acompanhamento dos clientes, independentemente da sua dimensão, e pelos parceiros, que constituem “possibilidades de negócio” para o futuro.

O antigo estudante explica que, mais do que um grau académico, quando contrata alguém, escolhe pessoas “responsáveis, que demonstram dinâmica e vontade de trabalhar dentro da empresa”, algo que considera “fundamental”. Para além disso, valoriza, também, a capacidade de resolução de problemas, a criatividade, o foco e o espírito crítico, critérios que distinguem “um bom de um ótimo profissional”.

Competição saudável

“A ESCS imbuiu-me de um espírito de resiliência e de trabalho muito elevado e eu acho que isso faz uma diferença tremenda”, defende João. Para tal, contribuíram fatores como a “elevada pressão”, em relação aos trabalhos, e o facto de ter de os defender oralmente. A capacidade de entreajuda é algo que também levou da Escola e que tenta “todos os dias replicar” no YoungNetwork Group. “Nós tínhamos uma competição saudável e, nas empresas, temos tendência a ser muito individualistas ou a querer caminhar sozinhos”, esclarece.

O escsiano considera que houve “um caminho que foi feito” desde que terminou o curso, na medida em que, na altura, a Escola era pouco conhecida no meio profissional. “Hoje em dia, tens um mercado inundado de bons escsianos”, conclui.

Por fim, desafiámos João Santos a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

Telemóveis. O profissional, porque um bom profissional tem de estar disponível 24/7, e o pessoal, para manter o contacto com os amigos espalhados pelo mundo.

Uma cidade ou um país.

Portugal. Sendo um país pequenino, é de uma riqueza tremenda.

Uma música ou uma banda.

Gosto muito de Mr. Bungle.

Um filme ou um realizador.

A Lista de Schindler, de Steven Spielberg. É pensares como é que um ser humano consegue mudar a vida de muitos (...) e fazem falta pessoas assim na nossa sociedade. Fazer o bem pelo bem.

Um livro ou um escritor.

Luís Sepúlveda, porque consegue escrever livros claros, curtos e concisos, mas que têm uma riqueza fascinante.

Uma série.

Uma inevitabilidade é a House of Cards, por causa daquilo que é o poder da Comunicação e de como esta pode ser gerida. Por outro lado, fascina-me a imprevisibilidade da Game of Thrones.

Um programa de televisão.

Os telejornais. Eu não consigo viver sem notícias.

Uma referência profissional.

A equipa do YoungNetwork Group, em toda a sua plenitude.

Quando for grande, quero ser.

Mais um bocadinho de tudo aquilo que são as pessoas mais importantes que me rodeiam. Mais criativo como a minha mulher, ter mais obstinação e maior visão de negócio como o meu CEO, a capacidade de resistência e de sorriso na cara da minha sogra, voltar a ter a pureza infantil que os meus filhos têm (...) Mas, acima de tudo, gostava de nunca perder o amor que tenho às pessoas.


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