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Publicado: 26.04.2019

 

PERFIL AM: Joana Rodrigues

 

Joana Rodrigues passou por duas licenciaturas na ESCS e foi a de Audiovisual e Multimédia que a apaixonou. Desde então, a escsiana tem vindo a trabalhar e a especializar-se como designer.

Joana Rodrigues sempre quis ser jornalista e ingressou na ESCS em busca do seu sonho. Contudo, terminou o curso de Jornalismo “no pico da crise” económica do país e sentiu a necessidade de tirar uma especialização para vingar no mercado de trabalho. Decidiu, por isso, enveredar por Audiovisual e Multimédia (AM), para que pudesse ser “uma jornalista completa”. Contudo, ao ingressar na licenciatura, percebeu que gostava mais das áreas deste curso, nomeadamente, da vertente de Design, na qual tem vindo a especializar-se. A escsiana trabalha, hoje em dia, como designer, na Findmore Consulting.

O mundo do Audiovisual e Multimédia

Joana entrou na ESCS em 2006, mas foi em 2009 que ingressou no curso que viria a ditar o seu futuro profissional. Da Fotografia ao Vídeo, passando pela Programação, percebeu que a licenciatura em Audiovisual e Multimédia lhe dava capacidade para “fazer muitas coisas”. Mas foi o Design que a cativou. “Ao início, era mesmo má, mas foi o que me chamou mais a atenção”, conta, com humor. A escsiana defende que o curso dá, aos estudantes, “a possibilidade de experimentarem um bocadinho de tudo”, o que os prepara “muito melhor para o futuro”.

Joana destaca as aulas do Prof. Doutor João Abreu, que, “para uma pessoa que se começa a interessar por Design, são um novo mundo”. A escsiana recorda os primeiros trabalhos, que incluíam “fazer cartazes de filmes e de séries, com base em tipografia e pontuação”, para além da própria teoria e introdução à área. “Pareceu-me tudo incrível”, afirma. Também o Prof. Dr. Ricardo Pereira Rodrigues “marcou” a antiga estudante, “por ser uma pessoa claramente muito apaixonada por aquilo que faz”, pela “postura nas aulas e energia que transmitia”. Joana explica que o docente lhe mostrou “o mundo da web e da construção de sites”, que a “interessou bastante”.

A importância das extracurriculares

Apesar de ter terminado o curso de AM, em 2011, Joana refere que apenas deixou de vir à Escola, com regularidade, em 2016, quando deixou de fazer parte de escstunis, a primeira atividade extracurricular em que se envolveu. “A nível pessoal e social, foi dos sítios que me deu mais ferramentas para o mercado de trabalho”, esclarece. No mesmo ano em que entrou para a tuna, a jovem foi convidada para colaborar na área de intervenção académica da AE ESCS. Chegou a ser vogal e, no ano seguinte, Vice-Presidente. “Na altura, a Associação de Estudantes tinha um buraco financeiro enorme e nós conseguimos tirá-la de lá. Foi importante”, lembra.

Joana foi, ainda, uma das pioneiras da AEESCS Magazine, uma publicação da Associação de Estudantes. Da iniciativa, resultaram três números em papel. “Falávamos da parte mais lúdica das atividades da ESCS, mas também da parte mais organizacional”, explica. O projeto terminou após estas edições, mas a ideia foi recuperada e vive, hoje em dia, no site da ESCS MAGAZINE.

A jovem participou, também, no Conselho Pedagógico e no Conselho de Representantes e reflete sobre a importância destes órgãos e do facto de grande parte dos estudantes não saberem da sua existência: “nós íamos para as reuniões discutir coisas importantíssimas para o futuro da Escola. E foi interessante tentar explicar aos alunos o que é que se passava no outro lado”, esclarece.

Percurso no design

No último ano da licenciatura em AM, surgiu a oportunidade de Joana estagiar no Serviço de Comunicação (Gabcom) da Escola, onde esteve a “trabalhar em várias vertentes da Comunicação” e no seu “campo preferido”, a ESCS. No Gabcom, escreveu artigos sobre os mais variados acontecimentos da instituição, fez cartazes para eventos e apresentações multimédia, atualizou o site, entre outras tarefas.

O salto para o Grupo Bertrand Círculo deu-se em 2011, como designer, onde permaneceu durante cinco anos. Numa primeira instância, fazia, sobretudo, conteúdos para passarem nos LCDs das lojas, construção e envio de newsletters e gestão do site do Círculo de Leitores. No “boom das redes sociais”, a escsiana desenvolveu, ainda, em parceria com uma colega, uma “estratégia de comunicação que pudesse ser interessante para aplicar no Facebook, combinando o design e o marketing de conteúdo”. Depois, surgiu a necessidade de fazer “design puro e duro, para print”, e acabou por acumular as funções. De todo o trabalho desenvolvido, Joana destaca os sacos ilustrados. “Ainda hoje, quando vou na rua, vejo muitas pessoas com os sacos da Bertrand. E foi das coisas que mais prazer me deu fazer”, conta.

Em 2016, integrou a equipa da Oney, onde, para além de design gráfico, tratava, também, da parte de gestão com fornecedores. E, desde março de 2019, surgiu a oportunidade de começar a trabalhar na Findmore Consulting, por parte de dois amigos escsianos que trabalham na empresa e que lhe falaram da vaga. Diariamente, produz material para comunicação interna, sites, apresentações para clientes, merchandising, sinaléticas, entre outros. “Está a ser muito bom porque é isso mesmo que eu gosto de fazer”, confessa.

Projetos pessoais

Em 2014, a escsiana dá início ao “Música para os meus olhos”, no qual ilustra excertos de músicas. Joana refere que anda sempre com um bloco de notas, onde aponta as suas ideias e esboços, de cada vez que ouve uma música que lhe suscita uma ideia. Atualmente, está a tentar “arranjar novas abordagens” para o projeto, nomeadamente, através da exploração do Instagram e da participação em feiras.

Joana dedica-se, ainda, à página “Second is the new first”, que partilha com alguns amigos, e à Revista Variações, um projeto da também escsiana Teresa Colaço, com o qual Joana se identificou e voluntariou para colaborar. “Construí o site, já fiz ilustração e escrita. Também me dá muito gosto voltar a escrever, sobretudo sobre coisas das quais eu gosto bastante e a música é uma delas”, esclarece.

A Casa ESCS

“Conheci-me e construí-me, enquanto pessoa e profissional, na ESCS. Durante cinco anos, estas paredes e escadas foram a minha primeira casa”, afirma, com nostalgia. Do curso, destaca a abrangência em termos de matérias, que permite, aos estudantes, aprender as bases e aprofundar conteúdos. “Design gráfico é a minha especialização, mas eu faço multimédia, de tudo um pouco”, explica a escsiana, confessando que, nos primeiros anos de trabalho, continuou a recorrer aos apontamentos dos docentes da Escola. O curso “dá as ferramentas para sermos estes canivetes suíços da comunicação”, defende.

Por fim, desafiámos Joana Rodrigues a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

Lápis.

Uma cidade ou um país.

Amesterdão, possivelmente. Mas Lisboa continua a ganhar.

Uma música ou uma banda.

Música portuguesa, definitivamente. Dentro da música portuguesa, vou dizer o Samuel Úria.

Um filme ou um realizador.

Wes Anderson.

Um livro ou um escritor.

O meu livro preferido de todos os tempos é o Just Kids, da Patti Smith.

Uma série.

How I Met Your Mother.

Imagens ou palavras.

Imagens.

Uma referência profissional.

Pela abrangência de projetos, pela criatividade, por parecer que tem uma cabecinha incrível que nunca pára: a Jessica Walsh. E é designer, que é a minha área!

Quando for grande, quero ser.

Quero ser uma pessoa que consegue pegar em todas as suas ideias, fazer alguma coisa delas e conseguir mantê-las.


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