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Publicado: 06.06.2023

Este Perfil foi realizado pela estudante Sofia Simão (texto), do 3.º ano da Licenciatura em Jornalismo, e pelo estudante Leonardo Costa (fotografias), do 1.º ano da Licenciatura em Jornalismo, no âmbito da unidade curricular de Laboratório de Jornalismo II.

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Daniela Abreu

Ainda que jovem, a carreira profissional de Daniela Abreu passou pela Altice e levou-a à companhia de seguros Tranquilidade, onde é parte integrante da equipa de comunicação interna e employer branding. A antiga aluna de Relações Públicas e Comunicação Empresarial autointitula-se de multitasker e encara cada desafio como uma oportunidade.

Indecisa entre múltiplos caminhos, mas apaixonadamente curiosa, Daniela Abreu não sabia que futuro queria construir quando, terminado o Ensino Secundário, chegou o momento de escolher o curso em que iria ingressar. Sabia, no entanto e acima de tudo, onde queria estudar: na Escola Superior de Comunicação Social. A história de Daniela na ESCS começou com uma quimera. “O meu pai é jornalista, mas nunca estudou para isso. Foi aprendendo a profissão. Quando passávamos aqui na Segunda Circular de carro, ele olhava para esta escola e dizia: ‘Se eu tivesse estudado, teria sido aqui’. Essa ideia do meu pai despertou, de alguma forma, interesse em mim”, conta. Não demorou muito até que o edifício do arquiteto Carrilho da Graça deixasse de ser uma imagem distante e Daniela se rendesse ao programa curricular da ESCS. Em 2015, determinada a entrar, candidatou-se a todos os cursos disponíveis na Instituição, com Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE) como primeira opção. Sobre essa escolha, diz ter tido “a sorte de acertar em cheio”.

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Daniela Abreu
Daniela Abreu é licenciada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial.


Graças a uma facilidade natural para a comunicação e ao gosto por diversas áreas de conhecimento, Daniela encontrou em RPCE o lugar perfeito para pôr em prática os seus talentos. Lembra com carinho os momentos passados com a turma, em regime pós-laboral: “Foi uma experiência enriquecedora porque éramos todos muito diferentes.” Por isso, diz-se “ativista de estudar à noite”.

Da visão do pai, a ESCS tornou-se uma realidade memorável graças ao que descreve como “sentido de comunidade”. Hoje, não tem dúvidas de que a proximidade entre alunos, docentes e funcionários, a formação e experiência profissional dos professores, a natureza prática do currículo politécnico, bem como as múltiplas atividades extracurriculares oferecidas foram fatores formativos, não só para o sucesso académico e profissional, mas também para o seu desenvolvimento individual: “A nível pessoal, se já tinha este espírito de bicho-carpinteiro, de querer fazer um bocadinho de tudo, acho que a ESCS ajudou a reforçar essa ambição de querer trabalhar em projetos diferentes. Acabei, muitas vezes, por participar em outras iniciativas, além do curso. Inúmeras experiências que tive aqui e que ajudaram a reforçar aquilo que sou.”

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Daniela Abreu
Em 2017, Daniela representou a ESCS na Futurália.

Daniela Abreu inscreveu-se no programa Erasmus+, que realizou em Barcelona. A estadia no país vizinho – admite – não correspondeu à experiência multicultural libertadora que idealizava. “Ao final do primeiro mês, queria desistir, queria ir-me embora. Para além de ter saudades de casa, estava a ter cadeiras em catalão, língua que não falava. Nem sequer tinha uma turma fixa ou amizades muito próximas porque tinha disciplinas de vários anos”, conta. A escsiana não esquece o apoio que a docente Ana Raposo, na altura subcoordenadora do curso, lhe ofereceu neste momento de dificuldade. “A professora foi das principais responsáveis por me motivar, por dizer ‘vamos lá, aguente, vai correr bem’. Não senti logo o impacto positivo do Erasmus+, mas sim mais tarde, quando percebi que me tinha feito bem lutar um bocadinho e remar contra a maré. Sem dúvida que a experiência me deu ferramentas importantes a nível de soft skills e da resiliência”.
Durante a licenciatura, a jovem foi diretora-geral do núcleo de fotografia número f, candidata à Associação de Estudantes e atriz numa edição dos Commie Awards. Obteve o diploma em junho de 2018 e, um mês depois, já se encontrava a estagiar.

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Daniela Abreu
Para além do curso, a jovem participou em várias iniciativas e atividades extracurriculares.


Capacidade polivalente

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Daniela Abreu
A escsiana trabalhou a comunicação institucional e assessoria de imprensa da Altice durante quase quatro anos.

Daniela Abreu autointitula-se de multitasker. No espaço profissional, transfere a capacidade polivalente para os projetos em que participa, integrando múltiplas equipas nas quais desempenha diferentes funções. Na carteira, conta as indústrias do entretenimento, da tecnologia, dos seguros e do retalho, entre os diversos clientes para os quais trabalhou durante o seu percurso.
Pouco depois de terminar a licenciatura, Daniela iniciou prontamente um estágio numa agência de comunicação, a fazer assessoria de imprensa e gestão de influenciadores. “Aquilo que queria quando saísse da ESCS era, precisamente, ir para uma agência experimentar várias áreas e setores diferentes, ver o que é que me apaixonava fazer. Não foi bem o que imaginei. Acabei depois por ser convidada para um desafio na Altice e aceitei”. Depositou todo o empenho na comunicação institucional e assessoria de imprensa, acabando por ficar durante quase quatro anos na empresa. Em setembro de 2022, juntou-se à Tranquilidade, onde atualmente faz comunicação interna e employer branding.

A jornada de trabalho obriga a jovem a sair da sua zona de conforto e a comunicar de formas variadas. “São dias muito dinâmicos, por norma, porque tanto posso escrever uma notícia para a intranet, como estar no estúdio a gravar um vídeo, a produzir conteúdos gráficos ou a participar num evento”, revela. A atual Relações Públicas da Tranquilidade recorda com especial entusiasmo algumas das iniciativas nas quais participou para promover a socialização entre colegas e o respeito pelos valores humanos da empresa: “A comunicação com colaboradores é um desafio bastante grande e interessante, sobretudo, na organização onde estou, em que temos muitas realidades distintas e que acabam por coexistir no mesmo espaço.”

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Daniela Abreu
Daniela considera que a licenciatura na ESCS contribuiu para formar a pessoa e profissional que é hoje.


Embora curta, a carreira de Daniela Abreu é marcada por uma paixão por conhecer o mundo à sua volta, um espírito resiliente e versátil, bem como uma vontade de servir a comunidade. Aponta a licenciatura como uma das experiências centrais à pessoa e profissional que é hoje: “Se tivesse de recomendar uma escola na área, não teria dúvidas em dizer ‘venham para a ESCS’.”

Por fim, desafiámos Daniela Abreu a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Fones por bluetooth, para ouvir podcasts.

Uma cidade ou um país.
Barcelona.

Uma música ou banda.
Ed Sheeran.

Um filme ou um realizador.
Soul, de Peter Docter e Kemp Powers.

Um livro ou um escritor.
Factfulness, de Hans Rosling.

Uma série.
The Newsroom.

Uma referência profissional.
Diana Duarte.

Quando for grande, quero ser.
Apaixonada pelo que faço. Quero poder deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrei e ser um agente de mudanças positivas nos sítios em que sentir que posso adicionar valor.


No vídeo abaixo, Daniela Abreu fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:


Texto de Sofia Simão, aluna do 3.º ano da Licenciatura em Jornalismo, e fotografias na ESCS de Leonardo Costa, aluno do 1.º ano da Licenciatura em Jornalismo (no âmbito da unidade curricular de Laboratório de Jornalismo II).
Vídeo de Carlos Jesus (Serviço de Gestão Multimédia da ESCS).
Fotografia de grupo na Futurália: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS).
Fotografia na Altice gentilmente cedida por Daniela Abreu.